Bem-estar
Como se proteger e qual repelente usar para prevenir oropouche
O subsecretário de Vigilância em Saúde destacou que o uso de repelentes é uma das estratégias mais eficazes para evitar a transmissão da febre oropouche
Para se proteger do mosquito transmissor da febre oropouche, especialistas recomendam o uso de repelentes com pelo menos 10% de Icaridina na composição. Essa substância é reconhecida por oferecer um grau elevado de proteção contra diversos insetos.
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Em entrevista à BandNews FM Espírito Santo nesta quarta-feira (11), o subsecretário de Vigilância em Saúde do Espírito Santo, Orlei Cardoso, destacou que o uso de repelentes é uma das estratégias mais eficazes para evitar a transmissão da febre oropouche. “Repelentes têm um mundo de opções. Mas o Icaridina 10% é um repelente que tem um grau de proteção maior, pelo que a gente vê”, afirmou.
Além dos repelentes, o subsecretário orienta o uso de roupas de manga longa e a evitação de áreas úmidas e sombreadas nos períodos de maior atividade do mosquito, como manhãs e fins de tarde. Esses cuidados são especialmente importantes para gestantes, público mais vulnerável a complicações do vírus.
Inseticidas comuns, como os usados no combate ao Aedes aegypti, não são eficazes contra o mosquito transmissor do oropouche. Por isso, estratégias específicas estão sendo estudadas em parceria com instituições como o Instituto Evandro Chagas e a Fiocruz.
A Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) alerta sobre o aumento de casos de infecção pelo vírus oropouche em diversos municípios capixabas. Os locais com maior número de casos são Alfredo Chaves, Iconha, Laranja da Terra, Itaguaçu, Rio Bananal e Colatina.
Morte por oropouche
A morte de uma mulher de 61 anos, residente de Fundão, no Espírito Santo, foi confirmada como o primeiro óbito no estado causado pelo vírus oropouche. A vítima estava entre os três casos investigados, com dois outros sendo descartados. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (10), pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A morte ocorreu no dia 28 de agosto, mas só foi confirmada após a análise da amostra coletada, que foi encaminhada ao Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES) e, após testes para 295 patógenos, o oropouche foi identificado como a causa.
Alerta de aumento de casos
A Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) alertou sobre o aumento de casos de infecção pelo vírus oropouche em diversos municípios capixabas. Os locais com maior número de casos são Alfredo Chaves, Iconha, Laranja da Terra, Itaguaçu, Rio Bananal e Colatina.
O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, em entrevista à BandNews FM Espírito Santo nesta quarta-feira (11), destacou a necessidade de a população redobrar os cuidados, especialmente nas regiões mais afetadas. “Atualmente, 63% dos casos estão na zona rural, enquanto 35% ocorrem nas áreas urbanas”, explicou.
Em Alfredo Chaves, por exemplo, já foram registrados mais de 700 casos confirmados, um número considerável em comparação com outras cidades. O maruim, mosquito transmissor da doença, é muito pequeno e quase invisível, sendo 20 vezes menor que o Aedes aegypti. Além disso, seu comportamento tem mudado nos últimos meses, com maior atividade durante o dia todo, ao contrário de períodos específicos como antes. “O maruim pode depositar de 50 a 150 ovos de uma vez”, frisou Orlei.
O subsecretário também explicou que o ciclo da doença está sendo intensificado pelo movimento de pessoas entre áreas com alta incidência de infecção e outras regiões. Isso contribui para a disseminação do vírus. “Quem não precisar ir a esses locais deve evitar, principalmente até que possamos compreender melhor como a doença está se espalhando”, recomendou.
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