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Bem-estar

Como a pressão estética imposta nas redes sociais afeta a autoestima das mulheres

A pressão estética imposta pelas redes sociais impacta a autoestima e o bem-estar das mulheres, promovendo um ciclo de comparação e insatisfação

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Mulheres enfrentam a pressão estética online e buscam aceitação e diversidade. Foto: Freepik

Mulheres enfrentam a pressão estética online e buscam aceitação e diversidade. Foto: Freepik

As redes sociais fazem parte da vida cotidiana de milhões de pessoas ao redor do mundo. Compartilhar fotos, vídeos e atualizações sobre as próprias vidas se tornou uma prática comum. Contudo, por trás dessa aparente conexão e interação social, existe uma realidade preocupante: a pressão estética imposta às mulheres pelas redes sociais.

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Muitas mulheres sentem, assim, a necessidade de se comparar com as imagens postadas por outras mulheres, levando, então, a uma insatisfação. A estudante de psicologia e criadora de conteúdo digital Luana Petersen explica que as nossas vivências são marcadas pela necessidade de um reconhecimento social que ultrapasse as fronteiras do núcleo familiar, o que torna as pessoas suscetíveis a sofrer influências de grupos sociais e valores culturais.

Quando não somos aceitos, reconhecidos ou valorizados pelo nosso meio é como se ficássemos “arrasados” em termos psicossociais

Luana Petersen

A busca pela perfeição digitalizada pode levar as mulheres a uma busca incessante por aprovação e validação, fazendo com que elas se sintam inadequadas ou insuficientes. A estudante de artes Heloísa Mendonça Ribeiro conta que as redes sociais influenciaram a vida dela de maneira intensa, mas que aprendeu a administrar a pressão imposta pelas redes. “Até eu tirar todas essas camadas, que foram colocadas na minha cabeça por essas influências das mídias, demorou bastante. No fim disso tudo, ninguém vai ficar imune a essa pressão, mas, talvez, pode ficar mais forte para lidar com as situações“.

Muitas vezes, as redes sociais afetam o comportamento das mulheres que sentem a necessidade de se apresentar de uma certa maneira, filtrando as próprias vidas para mostrar apenas momentos felizes e bem-sucedidos. Isso cria uma ilusão de perfeição que pode levar a sentimentos de inveja e inadequação em outras mulheres, perpetuando, assim, um ciclo de insatisfação e comparação.

As influenciadoras digitais, que muitas vezes são vistas como referências de beleza e estilo de vida, também desempenham um papel importante na pressão estética das redes sociais. As postagens “perfeitas” e idealizadas podem criar expectativas irreais nas mulheres que, por sua vez, tentam se espelhar nessas figuras influentes. Luana Petersen, que também é influencer e criadora de conteúdo nas mídias digitais voltado para a psicologia, alerta que é preciso estar atento aos conteúdos que despertam gatilhos negativos em relação à autoestima.

É necessário usar as redes sociais de forma consciente, estabelecendo limites saudáveis no uso e aprendendo a interpretar os próprios sentimentos e emoções”

Luana Petersen

É importante destacar que não há nada de errado em usar as redes sociais para compartilhar momentos e expressar-se. Contudo é necessário ter consciência dos impactos negativos que a pressão estética pode ter na vida das mulheres. Heloísa Mendonça Ribeiro diz que é fundamental promover uma cultura de aceitação e valorização da diversidade, tanto física quanto de estilo de vida, para que as redes sociais sejam um ambiente saudável e inclusivo para todos.

Eu tento sempre me disciplinar e filtrar as pessoas que eu sigo. Leio o conteúdo que elas postam e o que elas dizem. Vejo se esse conteúdo me deixa confortável e inspirada ou se esse conteúdo me deixa desconfortável e traz um sentimento muito maior de comparação, insegurança e ansiedade do que inspiração

Heloísa Mendonça

Dessa forma, as redes sociais podem ter um impacto significativo na autoestima e na saúde mental das mulheres. É importante considerar os efeitos negativos da exposição constante a imagens idealizadas e buscar um equilíbrio saudável no uso dessas plataformas. Promover a acessibilidade pessoal e a valorização da diversidade são passos essenciais para construir uma relação saudável com as redes sociais e fortalecer a autoestima de todas as mulheres.


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