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Bem-estar

Cair é perigoso para os idosos: entenda e saiba como evitar

Alguns fatores ajudam a explicar os riscos de uma queda para os idosos: a perda de equilíbrio e força muscular, a fragilidade óssea e a recuperação mais lenta

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Idosos ajudado por uma profissional da saúde

Cair é perigoso para os idosos. Foto: FreePik

Uma simples ida ao banheiro, um tropeço na escada sem corrimão, um escorregão no tapete. Situações simples, que fazem parte do dia a dia de todos, mas que, para os idosos, podem ser perigosas. Como aconteceu com o artista Agnaldo Rayol, que morreu após sofrer uma queda em casa. Mas por que as quedas podem causar tanto prejuízo – a ponto de serem fatais – para os idosos?

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De acordo com a médica Fernanda Damiani, geriatra da São Bernardo Samp, alguns fatores ajudam a explicar os riscos de uma queda para pessoas mais velhas: a perda de equilíbrio e força muscular, a fragilidade óssea e a recuperação mais lenta.

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“Com o envelhecimento, ocorre uma perda gradual de massa muscular e equilíbrio, tornando os idosos mais propensos a quedas. A densidade óssea tende a diminuir, resultando em maior fragilidade e risco de fraturas, especialmente no quadril, coluna e punhos. Além disso, o processo de cicatrização e recuperação é geralmente mais lento, o que pode prolongar a imobilidade e aumentar o risco de complicações associadas ao repouso prolongado, como pneumonia e trombose venosa profunda”, explica a geriatra.

Além disso, muitos idosos têm condições crônicas, como artrite, doenças neurológicas, cardiovasculares e diabetes, que podem dificultar a recuperação de uma queda ou agravar os ferimentos. “A osteoporose, por exemplo, aumenta muito o risco de fraturas graves. Em pessoas frágeis ou com condições pré-existentes, uma queda pode descompensar outras doenças, como problemas cardíacos ou pulmonares, levando a um colapso sistêmico”, diz a médica.

A geriatra da São Bernardo Samp esclarece que uma queda pode levar à morte por várias razões. “Fraturas graves, como as de quadril, são especialmente perigosas porque muitas vezes requerem cirurgia, e o processo de recuperação pode ser longo e complicado. Durante esse período, o idoso pode sofrer complicações como trombose, embolia pulmonar, pneumonia ou até infecções relacionadas à imobilidade prolongada. Além disso, traumatismos na cabeça podem causar hemorragias cerebrais, levando a danos neurológicos graves ou fatais”, alerta.

No entanto, é possível reduzir as chances de queda, especialmente em casa. Por isso, a geriatra listou algumas recomendações importantes:

Adequação do ambiente: remova tapetes soltos ou coloque fita antiderrapante para evitar escorregões; organize os móveis para deixar passagens amplas e desimpedidas; instale barras de apoio no banheiro, próximo ao vaso sanitário e dentro do box.

Iluminação adequada: certifique-se de que todos os cômodos estejam bem iluminados, especialmente corredores e escadas; utilize luzes noturnas nos corredores e no banheiro para evitar quedas durante a noite.

Superfícies antiderrapantes: coloque tapetes antiderrapantes no banheiro e na cozinha; use calçados fechados, com solado de borracha, dentro de casa, evitando chinelos ou meias escorregadias.

Cuidado com escadas e desníveis: instale corrimãos em ambos os lados das escadas; coloque fitas antiderrapantes nos degraus para aumentar a segurança.

Exercícios de fortalecimento e equilíbrio: incentive a prática de exercícios físicos regulares para fortalecer os músculos e melhorar o equilíbrio, como alongamento, pilates ou fisioterapia.

Atenção a medicamentos: revise periodicamente os medicamentos com o médico, pois alguns podem causar tontura, queda de pressão ou sonolência, aumentando o risco de quedas.


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