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Bem-estar

Amor ou dependência emocional? Saiba como diferenciar

Aprender a diferenciar os sentimentos e a gerencia-los evita sofrimento e ajuda a desenvolver o amor próprio

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Autoestima comprometida pode ser um sinal de dependência. Foto: Katrien Grevendonck/Pexels

Quem não tem uma história de amor de verão para contar? Pois elas existem e podem sim se tornar uma bela história de amor, mas todos estão sujeitos aos sentimentos passageiros, aquele nos quais se aproveita o momento e depois passa. O fato é que quem está acompanhado só quer fazer o relacionamento dar certo e quem está sozinho, segue em busca do tal “amor da vida. O problema começa quando se deixa o amor próprio de lado e passa a haver um desrespeito em busca desse sentimento ou de manter uma relação ruim viva.

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De acordo com a psicóloga, Karla Cardozo, na busca de um relacionamento, de amar e se sentir amado, muita gente acaba confundindo os sentimentos com dependência emocional. O esperado quando se inicia um relacionamento é a construção de uma parceria, de maneira que ambos cresçam, aprendam e amadureçam juntos. Algumas vezes, no entanto, o que deveria ser um compartilhamento da vida torna-se uma relação de completa dependência, a famosa dependência emocional.

“Muitas pessoas também criam falsas expectativas e se apegam a qualquer início de relacionamento e já sufocam o outro na ânsia de alcançar uma relação estável. E essa dependência acaba destruindo o amor de verão que poderia se tornar uma história para muitos anos. O ansioso afasta o outro da possível experiência da relação se desenvolver”, alerta Karla.

Dependentes emocionais abrem mão da sua vida para viver a do outro. Deixam de fazer coisas que gostam para acompanhar o outro. E quando menos se espera, já não há mais vida própria, vivendo apenas a realidade do parceiro. O grande problema é que esses casos são comuns e dezenas de pessoas confundem a dependência com amor, pois ambas situações envolvem fortes sentimentos e a vontade de estar junto com determinada pessoa.

Karla disse que dependência emocional é a maior causa de procura no seu cartório. “Recebo homens e mulheres que estão em relações doentias, não estão felizes, mas não se veem sem o companheiro. Relações de verdadeira dependência emocional. Aprender a encontrar forças para manter-se em pé sozinho, ser feliz independente de uma outra pessoa, é um dos atos mais importantes e bravos que podemos fazer por nós mesmos”, afirma a psicóloga.

“A Dependência Emocional na maioria dos casos vem de algo vivido na infância, na relação com os pais, no crescimento em uma família com muitos conflitos e pouco suporte para a criança. É importante identificar o tipo da sua relação. A dependência emocional tem tratamento, um psicólogo pode identificá-la. O primeiro passo é se conscientizar do problema, fortalecer a sua autoestima e trabalhar seu autoconhecimento e autoconfiança nas sessões de terapia”, explica ela.

A maneira como a criança é educada e criada fará toda a diferença em seu comportamento na fase adulta, inconscientemente ela adquire o desejo de buscar o que lhe faltou como forma de completar a vida quando chega a adolescência ou fase adulta.

É importante curar a nossa criança para nos tornarmos adultos fortes e bem resolvidos.

Sinais da Dependência Emocional

  • Cuidado excessivo com o companheiro;
  • O foco da felicidade se concentra em uma única pessoa;
  • Autoestima comprometida;
  • O que o companheiro pensa de você é o que mais importa;
  • As emoções são reprimidas;
  • Não defende sua própria opinião;
  • Controle compulsivo;
  • O desejo do parceiro é mais importante;
  • Excesso de ciúme;
  • Para se sentir bem, é necessário que haja amor do outro;
  • Sentimento de negação;
  • Sentimento de culpa;
  • Oscilação de humor.