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Setembro Verde: ES registra aumento de 30% em doação de órgãos

O Espírito Santo registrou um aumento de 30% em 2023 nos transplantes e redução na recusa familiar, destacando a importância da conscientização

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A coordenadora da Secretaria Central Estadual de Transplantes, Maria Machado, destacou o impacto positivo das campanhas de conscientização realizadas durante o Setembro Verde. O mês, dedicado à sensibilização sobre a doação de órgãos, tem mostrado resultados expressivos no Espírito Santo, com um aumento significativo nas doações e transplantes.

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Segundo Maria Machado, o balanço de 2023 foi extremamente positivo. “Nós tivemos um aumento de 30% no número de transplantes de órgãos, o que proporciona uma nova oportunidade de vida para os pacientes que estavam aguardando na fila,” afirmou. Além disso, houve um crescimento de 24% no número de doadores efetivos, enquanto a recusa familiar caiu significativamente, um dos principais desafios enfrentados pelas equipes de saúde.

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A redução da recusa familiar, segundo Maria, é um avanço crucial. “Essa redução projeta um número maior de órgãos para serem transplantados e, por isso, conseguimos aumentar o número de transplantes. Tivemos mais doadores,” explicou. Ela enfatizou a importância de as pessoas conversarem com suas famílias sobre o desejo de serem doadoras, pois isso facilita a autorização no momento de dor.

A importância da conversa familiar

A conscientização sobre a doação de órgãos não se limita ao Setembro Verde. Maria Machado ressaltou que, além dos doadores falecidos, é importante considerar as possibilidades de doação intervivos, como de rim, parte do fígado, pulmão e medula óssea. “Podemos doar até quarto grau de parentesco, desde que o doador tenha condições clínicas adequadas e não apresente riscos à saúde após a doação,” afirmou. Quando a doação envolve um amigo ou parente além do terceiro grau, é necessária uma autorização judicial para garantir que todos os procedimentos sejam realizados com segurança.

Maria também destacou que a burocracia existente nesse processo é uma questão de responsabilidade e segurança, evitando práticas ilegais, como a venda de órgãos. “A justiça e a Central de Transplantes trabalham em conjunto para garantir que todo o processo seja transparente e seguro,” explicou.

O papel do setembro verde na conscientização

Durante o mês de setembro, conhecido como Setembro Verde, as campanhas de conscientização têm um papel fundamental em aumentar o número de doações. Atualmente, 2.495 pessoas estão na fila aguardando por um órgão no Espírito Santo. A logística envolvida na captação de órgãos é complexa e envolve uma corrida contra o tempo. “A logística é montada para beneficiar o maior número de receptores. Coração e pulmão, por exemplo, têm um prazo de quatro horas para retirada e transplante,” explicou Maria.

A corrida para garantir que os órgãos sejam aproveitados de forma eficaz é intensa. A partir do momento em que a família autoriza a doação, a Central de Transplantes começa a trabalhar para identificar o receptor mais adequado, seja no âmbito estadual ou nacional. “Nós precisamos fazer uma série de exames e cadastrar o doador no sistema nacional. Muitas vezes, o receptor está distante, e tudo precisa ser feito rapidamente,” relatou Maria.

Maria Machado fez um apelo à população, “Quanto mais doadores nós tivermos, maior será a chance de salvar vidas,” concluiu, pedindo a todos que conversem com seus familiares sobre a importância de se tornarem doadores de órgãos. A conscientização e a clareza de desejo no momento certo podem fazer toda a diferença para quem aguarda na fila por uma segunda chance de vida.


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