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TV Capixaba

Por que a Desportiva Ferroviária pode perder o estádio?

Já houve interdição judicial do estádio, e o clube já nao pode mais usar as instalações esportivas

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Muita gente tem acompanhado o drama de torcedores, jogadores e diretores da Desportiva Ferroviária, que podem perder o Estádio Engenheiro Araripe. Ele fica numa área de 72 mil metros quadrados e está como garantia de dívidas contraídas pelo antigo proprietário. Por isso, deve ser leiloado. Já houve interdição judicial do estádio, e o clube já nao pode mais usar as instalações esportivas. O presidente da Desportiva, Carlos Farias, explica como está a situação.

O estádio foi adquirido por meio de uma permuta entre a Vale e a Desportiva Ferroviária durante a privatização da Vale. Na época, a gestão do espaço foi passada para o sindicato dos ferroviários, com a condição de que, caso não fosse mantido, passaria para a prefeitura de Cariacica. Hoje, a prefeitura administra duas escolas no local.

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Parceria e dívidas

Em 1999, a Desportiva Ferroviária fez uma parceria com o grupo Oliveira, integralizando o estádio em 49%. O grupo deveria integralizar 51%, mas não cumpriu. Em 2014, uma sentença dissolveu a sociedade, deixando a Desportiva com 90% e o grupo com 10%. As dívidas do grupo Oliveira, que faliu, foram penhoradas no estádio, complicando a situação.

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Uso do estádio

Atualmente, o estádio está interditado judicialmente, mas a Desportiva Ferroviária continua usando as instalações. “Estamos usando o estádio para treinos e jogos”, disse Faria. A administração judicial tentou alugar o estádio para shows, o que foi contestado pelo clube.

O administrador judicial nomeado pelo juiz da segunda vara cível de Cariacica está em ação há um ano, mas a situação do estádio não mudou. O clube pediu a destituição do administrador, alegando parcialidade. O juiz responsável alegou suspeição por foro íntimo e deixou o caso. Agora, o processo aguarda um novo juiz.

Dívidas e leilão

O leilão do estádio é uma medida para liquidar as dívidas, que são consideradas pequenas, em torno de R$ 5 milhões. Contudo, as dívidas do grupo Oliveira são muito maiores e foram misturadas com as da Desportiva.

Carlos Faria apela aos torcedores e à comunidade capixaba para se mobilizarem contra o leilão. “Queremos mobilizar toda a sociedade capixaba para evitar essa injustiça”, disse ele. A Desportiva Ferroviária já buscou apoio na Assembleia Legislativa e continua a lutar pela manutenção do estádio.


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