Mudanças na prescrição do Zolpidem começam em agosto

A partir de agosto, haverá um aumento no controle do medicamento Zolpidem, utilizado por quem enfrenta dificuldades para dormir. Agora, a substância só poderá ser prescrita mediante notificação de receita B, um procedimento mais rigoroso que exigirá prévio cadastro do médico especialista na autoridade local de vigilância sanitária. A médica especialista em medicina do sono Jéssica Polese esclarece quais serão as mudanças.

O medicamento, utilizado como hipnótico, é indicado para insônia de curto prazo, mas seu uso prolongado requer cuidados e reavaliações médicas constantes. É fundamental entender que a medicação não deve ser usada continuamente, mas sim de forma pontual e sob orientação médica.

O uso excessivo pode levar à dependência, além de causar efeitos colaterais como sonolência, falta de concentração e problemas de memória. É fundamental que tanto os médicos quanto os pacientes compreendam os riscos associados ao uso prolongado desse tipo de medicação.

Mudanças

Antes, doses de até 10 mg de Zolpidem podiam ser prescritas com receita carbonada. Agora, qualquer dosagem exigirá a receita B, mais fiscalizada e com tarja preta, indicando que o medicamento possui potencial para causar dependência.

Durante o período pós-pandemia, observou-se um aumento significativo na prescrição de medicamentos para dormir, incluindo o Zolpidem. Isso pode estar relacionado ao aumento dos problemas de insônia e depressão na população, mas é essencial abordar essas questões de forma abrangente, não apenas com o uso de medicação.

Diante desses desafios, é crucial educar tanto a sociedade quanto os profissionais de saúde sobre o uso responsável de medicamentos para dormir. A receita B e a tarja preta servem como lembretes visuais do potencial de dependência e dos riscos associados ao uso desse tipo de medicamento.

Confira a entrevista

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