Esclerose Múltipla: doença afeta 40 mil pessoas no Brasil

A neuroimunologista Paula Zago conta como os avanços no tratamento melhoram a qualidade de vida de pacientes com esclerose múltipla.

O Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, celebrado hoje, destaca os avanços no tratamento de uma doença que afeta cerca de 40 mil pessoas no Brasil. Apesar de ainda não ter cura, a esclerose múltipla é cada vez mais controlável, graças ao progresso nas terapias disponíveis, proporcionando uma vida com menos sequelas e mais qualidade para os pacientes.

Em entrevista ao EStúdio 360, a neuroimunologista Paula Zago explica que a esclerose múltipla é uma doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente a bainha de mielina, uma camada protetora ao redor dos neurônios.

Essa agressão causa inflamação e lesões no sistema nervoso central, resultando em sintomas que variam de perda de visão e formigamento a problemas de coordenação e fala. A doença geralmente afeta adultos jovens, com maior prevalência entre mulheres de 20 a 30 anos.

Sintomas variáveis e diagnóstico precoce

Os sintomas da esclerose múltipla não seguem um padrão único, o que torna o diagnóstico desafiador. Desde a perda gradual da visão até o surgimento de formigamentos e visão dupla, os sinais podem variar conforme a área do cérebro ou da medula espinhal afetada. A importância de um diagnóstico precoce é fundamental, pois permite que o tratamento seja iniciado rapidamente, evitando complicações futuras.

Embora a esclerose múltipla ainda não tenha cura, os tratamentos disponíveis têm evoluído significativamente nos últimos anos. Hoje, os pacientes diagnosticados têm acesso a terapias mais eficazes, que ajudam a controlar a inflamação e a reduzir o impacto da doença no cotidiano. Esses avanços são cruciais para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes, permitindo que muitos continuem suas atividades diárias sem grandes limitações.

Busca por tratamento especializado

Para quem apresenta sintomas suspeitos, como perda de visão ou formigamento persistente, é essencial procurar atendimento médico especializado. No Brasil, centros de referência como o Hospital das Clínicas oferecem tratamento específico para esclerose múltipla, onde neurologistas podem realizar diagnósticos precisos com o auxílio de exames de ressonância magnética, fundamentais para a identificação das lesões características da doença.

Os avanços na medicina trazem esperança para os portadores de esclerose múltipla, mostrando que, apesar dos desafios, é possível viver bem com a doença, desde que o tratamento seja iniciado precocemente e seguido corretamente.

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