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Celulares podem ser proibidos nas escolas públicas e particulares do ES

Debate sobre celulares nas escolas do Espírito Santo propõe equilíbrio entre tecnologia e aprendizado

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O deputado Mazinho dos Anjos lidera o debate sobre o uso de celulares nas escolas, enquanto a professora Cleonara Schwartz destaca a importância de regramentos e usos pedagógicos para a tecnologia na educação. Foto: Rafael Nery

O deputado Mazinho dos Anjos lidera o debate sobre o uso de celulares nas escolas, enquanto a professora Cleonara Schwartz destaca a importância de regramentos e usos pedagógicos para a tecnologia na educação. Foto: Rafael Nery

Em entrevista ao programa EStúdio 360, o deputado Mazinho dos Anjos (PSDB) apresentou detalhes de seu projeto de lei, que busca restringir o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos por estudantes em escolas públicas e privadas do Espírito Santo. A medida, protocolada na Assembleia Legislativa, é fruto de um ano de debates e audiências públicas que envolveram especialistas e setores da educação.

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O projeto foi motivado, segundo o deputado, pela preocupação com os impactos do uso excessivo de telas na saúde e no desempenho escolar das crianças e adolescentes. “Diversos estudos científicos comprovam os malefícios, como ansiedade, irritabilidade e prejuízos no desenvolvimento cerebral”, afirmou Mazinho. Ele destacou que a proposta prevê exceções, como o uso pedagógico e a utilização de dispositivos por alunos com deficiência.

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Especialistas pedem equilíbrio no uso de celulares

Também presente na entrevista, a professora Cleonara Schwartz, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), ressaltou a importância de discutir as finalidades do uso do celular no ambiente escolar. Para ela, o uso pedagógico pode ser uma ferramenta valiosa para o aprendizado, mas é preciso evitar abusos.

“A escola precisa definir regramentos claros para que o celular não concorra com o ensino na sala de aula. Quando utilizado de forma planejada, o celular pode potencializar práticas de leitura e escrita, além de promover o acesso a conteúdos complementares”, explicou Cleonara. Ela destacou ainda que o regimento escolar, obrigatório pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, é o instrumento adequado para regulamentar esse uso.

Regras atuais e próximos passos do projeto que proíbe celulares nas escolas

Atualmente, a Secretaria Estadual de Educação já proíbe o uso recreativo de celulares nas escolas públicas estaduais. Entretanto, o projeto do deputado Mazinho busca transformar essa regra em lei estadual, ampliando sua aplicação também para as escolas privadas.

Segundo Mazinho, o projeto será debatido em diversas comissões temáticas antes de seguir para votação. Ele destacou a necessidade de ouvir todos os setores envolvidos, incluindo professores, sindicatos e famílias. “Nosso objetivo é alertar a sociedade e buscar soluções para reduzir o uso excessivo de telas por crianças e adolescentes”, disse.

Cleonara concorda com a necessidade de debate ampliado e também aponta para os desafios de infraestrutura nas escolas. “Embora haja investimentos em tablets e chromebooks, muitas escolas, especialmente as localizadas em áreas rurais, ainda enfrentam dificuldades de acesso à internet. Nessas situações, o celular pode ser um recurso importante”, afirmou a professora.

A proposta segue em tramitação e deve gerar mais discussões nas próximas semanas. Enquanto isso, especialistas e representantes da sociedade aguardam as definições sobre como conciliar tecnologia e aprendizado de forma equilibrada nas escolas capixabas.

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