País
Oposição quer explicações sobre ajuda de Abin na defesa de Flávio Bolsonaro
A posição de Natália é reforçada por outros parlamentares da oposição que consideram que o caso pode até gerar um processo de impeachment do presidente

Oposição quer explicações sobre ajuda de Abin na defesa de Flávio. Foto: Pedro França/Agência Senado
A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) anunciou que vai requerer a convocação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno. Ela quer que o general explique as denúncias publicadas pela revista Época indicando que a Abin ajudou o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, na preparação de sua defesa no caso das rachadinhas.
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“Estou requerendo agora a convocação de Heleno, ministro do GSI, que mentiu ao afirmar que não houve atuação da Inteligência para ajudar a defesa de Flávio Bolsonaro nas rachadinhas. A Abin produziu ao menos dois relatórios orientando Flávio e seus advogados. Imoral e ilegal!”, disse a deputada.
A posição de Natália é reforçada por outros parlamentares da oposição que consideram que o caso, se confirmado, pode até gerar consequências como um processo de impeachment do presidente.
“Gravíssima a denúncia de que Abin produziu relatórios para advogados de Flávio Bolsonaro pedirem anulação do caso Queiroz/rachadinhas na Justiça. O presidente está usando o órgão de inteligência nacional para ajudar seu filho investigado! Isso é motivo mais que suficiente de impeachment”, argumenta a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
“Absurdo! A máquina do governo federal só funciona para proteger esses pilantras da cadeia. O governo brasileiro, pago com o dinheiro do contribuinte, orientando a defesa de um investigado por corrupção. É motivo para o ministro cair. No mínimo!”, criticou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) pelas suas redes sociais.
“Contudo, o ministro, que comanda a Abin, está sob orientação do presidente da República. Se ficar provado que Bolsonaro deu ordens para essa ação ou que, sabendo dela, não agiu para impedir, é o milésimo caso para impeachment”, acrescentou.
Estadão
