Olhar 360º
Casal adota três irmãos em Vitória
Quando se inscreveram para serem pretendentes a acolher crianças, eles colocaram no perfil duas crianças, com até 10 anos, mas aceitaram adotar três irmãos
Há quase três anos, a rotina do casal Carlos Vieira e Luciana Ferrari, de 42 anos, mudou com a chegada de Maria Eduarda, Nicoly e Mateus, três irmãos que foram adotados pelo casal. Quando se inscreveram para serem pretendentes a acolher crianças, eles colocaram no perfil duas crianças, com até 10 anos.
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A decisão veio depois de não terem sucesso ao tentar ter um filho de maneira natural e após terem visto um evento sobre o assunto em um shopping.
Mas uma ligação um dia depois do Dia dos Pais, em 2018, deixou a nova família ainda maior. Foram quase dois anos de espera. “A vara da Infância nos chamou para ouvir a história de três crianças e fomos até lá. Elas tinham 6, 7 e 9 anos. A psicóloga nos contou tudo a respeito da história deles e esclareceu nossas dúvidas. E então começamos o período de aproximação”, relata Carlos.
O primeiro encontro do casal com os “futuros” filhos foi na Pedra da Cebola. “Eles chegaram muito desconfiados, mas o segundo encontro foi mais tranquilo”. conta. Depois de um tempo, receberam as crianças em casa.
“Nossa família e amigos acolheram as crianças com muito amor, mas o período de adaptação é difícil. Costumo citar a música de Jorge Ben Jor: ‘eu quero paz e arroz, o amor é bom e vem depois’. Eles chegaram querendo acolhimento e o básico do dia a dia, sendo acolhidos nas necessidades deles. Depois vem o afeto”, diz.
Mas, depois de um tempo, chega um momento de ouvir pela primeira vez a palavra pai, começando pela Maria Eduarda, a mais nova dos irmãos. “A primeira vez que ouvi a palavra pai o coração quase saiu pela boca. E eles chamam num momento que não tem que fazer muita coisa, é inesperado, tipo ajuda para sair do banho. É a consolidação que você foi adotado, pois a adoção é feita pelas duas partes”, lembra.
Um dos desafios da família foi no momento da mudança de nome. Depois de um tempo com a família, as crianças recebem nova certidão de nascimento. Carlos conta que, na época, eles estranharam um pouco, mas o casal buscou fazer uma dinâmica, recortando e encaixando os novos sobrenomes para mostrar para as crianças.
“A gente deixou muito claro que não precisavam abrir mão da história de vida deles. Nem esquecer as pessoas que conheciam, nem a mãe e o pai biológicos. Pelo contrário, eles poderiam continuar lembrando e falando sobre eles. Não precisavam apagar o histórico, era só o sobrenome”, conta.
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