Covid: ocupação de enfermarias no ES atinge menor taxa desde 2020

Leitos de UTI no Hospital Estadual São José do Calçado. Foto: Hélio Filho/Secom

O Espírito Santo vive a fase de queda consolidada da taxa de ocupação das enfermarias reservadas para pacientes com o novo coronavírus. No dia 30 de junho, o Painel Covid-19 mostrou que o estado registrou 34,03% dos leitos em uso, a menor taxa desde o dia 23 de abril do ano passado, na primeira onda da pandemia, quando a ocupação era de 33,15%. Dos 178 leitos existentes, 59 estavam ocupados. Nesta terça-feira (6), o índice é de 35,20%, sendo que a rede pública conta com 787 leitos disponíveis e 127 estão em uso.

Na terceira onda da covid-19 – vivida entre março e abril deste ano -, a Secretaria de Estado da Saúde conseguiu ampliar a oferta de leitos exclusivos para pacientes com a doença, alcançando uma capacidade de 1.099 leitos de enfermaria. Mesmo diante desse cenário, a ocupação chegou a passar de 87%. No final de abril, notou-se uma redução substancial no número de pacientes novos com solicitação de internações em toda a rede pré-hospitalar do estado, consequentemente derrubando o número de internações.

Com a redução da taxa de ocupação, a estratégia do governo do Estado foi reverter para outras doenças parte dos leitos, que antes, eram exclusivos para a covid-19. Atualmente, o Espírito Santo tem 787 leitos de enfermaria exclusivos para a covid-19. Se levar em consideração a capacidade total do estado para o atendimento em enfermarias, a ocupação nesta terça-feira seria de 25,20%. O Painel Covid-19 mostra ainda que desde o dia 25 de junho, o estado não registra ocupação acima de 40%.

Também é percebida uma redução no número de pacientes internados nas unidades de terapia intensiva (UTI) exclusivas para a covid-19. No auge da terceira onda da pandemia, o estado atingiu um total de 1.098 exclusivas. No entanto, com a queda no número de internações, parte desses leitos foram revertidos para outras doenças, e agora são 782 UTIs para covid-19. Nesta terça-feira, a rede pública contabiliza 496 pessoas em estado grave, sendo 63,43% de ocupação. Caso levasse em conta todos os leitos existentes, a ocupação seria de apenas 45,17%.