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Diversão

Orquestra Brasileira de Cantores Cegos se apresenta no ES

Com músicas da tradição oral de Norte a Sul do País, a Orquestra traz as apresentações gratuitas na Ufes

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A imagem retrata um grupo de pessoas alinhadas em um palco escuro, com luzes suaves destacando suas figuras. Todos estão de pé, segurando bastões brancos, usados por pessoas com deficiência visual. Eles vestem roupas em tons neutros e alguns utilizam óculos escuros. As expressões são sérias, transmitindo uma atmosfera de concentração e solenidade. Ao fundo, a iluminação suave cria uma sensação de profundidade e drama, acentuando o foco nas pessoas. A imagem parece ser de uma apresentação artística ou teatral, que explora temas de inclusão e sensibilidade.

A Orquestra Brasileira de Cantores Cegos traz a segunda temporada para Vitória Foto: Cia Poéticas da Cena Contemporânea

Mais uma viagem musical por comunidades tradicionais de todas as regiões do País está prestes a chegar ao palco em uma nova temporada. A Orquestra Brasileira de Cantores Cegos realiza novas apresentações entre os dias 2 e 4 de outubro, no Teatro da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

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O grupo formado por 16 cantores cegos – acompanhados pelo som de um piano de cauda – traz um novo repertório formado por 20 canções (em 18 arranjos) da tradição oral de diversos cantos do Brasil, que são de domínio público e inéditas para o público em geral. A entrada é gratuita e a organização do evento distribuirá os ingressos uma hora antes das sessões, que começam às 14h30 nos dias 3 e 4, exclusiva para alunos da rede pública, e às 19h30 nos dias 2, 3 e 4, estas abertas para o público em geral.

A diretora cênica e artística do espetáculo, Rejane Arruda, destaca que esta será a primeira vez que este repertório será apresentado a uma audiência. “As canções pertencem às comunidades, são de domínio público. Elas representam a riqueza da oralidade popular brasileira que se perpetua de geração em geração, se prolifera, se desloca e dá suporte a uma série de atividades de trabalho, de lazer, de festejos, de ninar e de momentos marcantes das comunidades”, afirma Rejane.

A Orquestra Brasileira de Cantores Cegos é fruto de uma iniciativa da Associação Sociedade Cultura e Arte (SOCA Brasil) e da Cia Poéticas da Cena Contemporânea. As atividades são realizadas com o patrocínio master da Rede Itaú, patrocínio da Decolores e da PERFIL – Alumínio do Brasil, por meio da Lei Rouanet – a Lei Federal de Incentivo à Cultura – operacionalizada pelo Ministério da Cultura (MinC).

Repertório

O espetáculo terá, ao todo, 20 canções com arranjos de vozes acompanhadas do som de um piano de cauda. A diversidade cultural brasileira está marcada no repertório construído a partir da pesquisa de campo realizada por Renata Mattar, que percorre o país inteiro registrando cantigas ancestrais.

Apesar do acervo da pesquisadora ter começado a ser construído em 1999, o trabalho realizado para a Orquestra também dependeu de viagens específicas para buscar novas cantigas, quando pôde registrar memórias de cantos indígenas, cantos de pescadores e outros que ainda não faziam parte do acervo.

Em cena, a oralidade popular de Norte a Sul do país, passando por Alagoas, com as fiadeiras de algodão quilombolas de Arapiraca; pelo Congo do Espírito Santo; pela Bata do Feijão e a Roda Pisada da região da Bacia do Jacuípe (BA); pela Embolada de Sergipe; pelo Fandango Caiçara típico do sul de São Paulo e do norte do Paraná.

Também estão presentes um Coco de Alagoas, um Canto de Mutirão do Rio Grande do Sul, um Mutirão de Roça do Maranhão, uma Congada de Minas Gerais e uma Incelença de Pernambuco. O povo Kalunga de Cavalcanti (GO) está representado com uma Dança de Pares, os Guajajaras da aldeia Marak’anã (residentes no Rio de Janeiro) com uma canção em Tupi e o povo originário Mehinako do Alto Xingu (MT).

Serviço

Orquestra Brasileira de Cantores Cegos

Onde: Teatro da Universidade Federal do Espírito Santo. Avenida Fernando Ferrari, Goiabeiras, Vitória

Quando: Dias 3 e 4, às 14h, exclusiva para alunos da rede pública; e dias 2, 3 e 4, às 19h30.

Entrada gratuita, retirada de ingressos uma hora antes do espetáculo

As pessoas com deficiência podem enviar uma mensagem para o número de Whatsapp da organização (27) 99609-8181 para reserva de ingressos e alinhamento sobre as condições de acolhimento durante a chegada ao local da apresentação e na acomodação para assistir ao espetáculo. Recursos de acessibilidade estarão disponíveis e incluem a audiodescrição para pessoas cegas, a presença de intérpretes para fazer a tradução simultânea em Libras e também o espaço sensorial para pessoas no espectro autista. É importante destacar que o Teatro Universitário da Ufes é um local acessível que possui elevador, rampas de acesso, banheiros adaptados e lugares reservados para a acomodação de pessoas com deficiência física.


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