Diversão
Caetano leva repertório “rebelde” ao Movimento Cidade
Caetano Veloso vai se apresentar no +MC, do Movimento Cidade, no dia 17 de agosto, em Vila Velha

O cantor Caetano Veloso se apresenta em Vila Velha. Foto: Reprodução
Caetano Veloso vai se apresentar no +MC, do Movimento Cidade, no dia 17 de agosto, no Parque da Prainha, em Vila Velha, com um repertório marcado por canções que atravessam sua carreira e carregam forte carga crítica e poética. O setlist inclui músicas como “Branquinha”, “Gente”, “Vaca Profana”, “Divino Maravilhoso”, “Cajuína”, “Podres Poderes”, “Anjos Tronchos”, “Eclipse Oculto”, “Sozinho”, “Você não me ensinou a te esquecer”, “Um Baiana”, “Muito Romântico”, “Não Enche”, “Queixa”, “Reconvexo” e “É Hoje”, encerrando com “Odara”.
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“Esse show tem canções que eu fiz ao longo dos anos e são todas meio rebeldes. Eu organizei o repertório por causa dos tempos em que estamos vivendo. São canções de muitas épocas, mas que falam de coisas mais conflituosas, mas salvas pela tentativa de poesia”, disse ele, em declaração recente nas redes sociais.
Os ingressos estão disponíveis no site Sympla. No mesmo dia, o palco do +MC também recebe Marina Sena, Yago Oproprio, Cila do Coco e Quarto do Som.
O repertório é repleto de significados. “Divino Maravilhoso” e “Podres Poderes” dialogam com momentos de tensão política no Brasil, especialmente em confronto com os militares. Já “Reconvexo” aborda ancestralidade e fusão cultural, marcas do tropicalismo. “Vaca Profana”, conhecida na voz de Gal Costa, mistura religiosidade e crítica social com uma dose de ironia.
Entre outras canções do show, “Cajuína” homenageia o poeta Torquato Neto e nasceu de um encontro entre os dois. “Muito Romântico”, que recentemente ganhou nova vida na voz de Xande de Pilares, também faz parte do repertório, ao lado de “Queixa”. O encerramento fica por conta de “Odara”, símbolo da liberdade criativa pós-exílio e de um espírito mais leve e otimista.
Para Léo Alves, fundador do Movimento Cidade, o evento é uma ampliação do próprio conceito do festival. “O +MC é exagero do que somos. Mais cultura, mais música, mais presença, mais cidade. Para quem ficou com gostinho de quero mais depois do Festival, o Movimento Cidade ouviu os pedidos e inventou um evento totalmente novo (e ainda melhor). No dia 17 de agosto, a Prainha recebe nosso encontro final: um dia extra, especial e atravessado de sentidos. Performances, ativações e shows que misturam o popular e o contemporâneo com a força do agora”, resume.
