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Veja produtos isentos do tarifaço de Trump e impactos no ES

A lista de exceções do tarifaço anunciado pelo presidente Trump inclui cerca de 700 produtos

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porto de vitória

Produtos como café, que tem o ES como maior exportador, vai ser alvo do tarifaço de Trump. Foto: Divulgação

Apesar do aumento para 50% na tarifa de importação de produtos brasileiros, imposto por ordem executiva do presidente Donald Trump nesta quarta-feira (30), diversos itens importantes ficaram de fora da taxação. A lista de exceções inclui cerca de 700 produtos, entre eles o suco e a polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes, além de aeronaves civis com seus motores, peças e componentes.

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Também escaparam da sobretaxa itens como celulose, polpa de madeira, energia, produtos energéticos e metais preciosos, considerados estratégicos para a economia americana. O vice-governador do estado, Ricardo Ferraço, disse que algumas exceções são benéficas para o Espírito Santo.

“Algumas coisas são positivas para nossa economia como, por exemplo, a celulose e alguns produtos dos segmentos de rochas naturais e de siderurgia que foram isentos. Ganhamos também mais uma semana antes das taxas entrarem em vigor. Nesse prazo, vamos seguir em diálogo permanente com o setor produtivo. Nos antecipamos ao problema para organizar medidas de apoio e mitigação com a garantia das empresas exportadoras de manter os postos de trabalho”, afirmou  Ferraço.

Ricardo Ferraço prosseguiu: “A taxação não causa problemas apenas na nossa economia, vai causar também lá e as empresas clientes dos produtos capixabas estão se movimentando. A orientação do governador Renato Casagrande é para seguirmos próximos ao setor produtivo e estamos organizados para apoiar sob medida para cada necessidade.”

Veja o vídeo abaixo o que diz o vice-governador do estado, Ricardo Ferraço, sobre os impactos nas atividades econômicas no Espírito Santo.

Já produtos como café, frutas e carnes brasileiras não estão entre as exceções e serão afetados pela nova alíquota, que entrará em vigor no dia 6 de agosto. A medida não se aplica a mercadorias que já estejam em trânsito para os Estados Unidos.

A justificativa do governo norte-americano é que o Brasil representa uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional dos EUA”, enquadramento semelhante ao aplicado a países como Cuba, Venezuela e Irã.

Reação e possíveis mudanças

O documento prevê que a lista de exceções pode ser revisada, caso o Brasil “tome medidas significativas para lidar com a emergência nacional e se alinhe suficientemente com os Estados Unidos em temas de segurança, economia e política externa”.

Trump também adiantou que poderá retaliar, caso o Brasil imponha tarifas de resposta. “Se o governo do Brasil retaliar aumentando as tarifas sobre as exportações dos Estados Unidos, aumentarei a alíquota ad valorem estabelecida nesta ordem em um montante correspondente”, afirmou o presidente americano.