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Será que o melhor pão do mundo é capixaba? Chef do ES é finalista mundial

João Butske, de Nova Venécia, representa o Brasil em campeonato internacional de panificação com pães artesanais de identidade capixaba

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João Carlos Butske na Padaria Salute, em Nova Venécia, onde desenvolve receitas artesanais com ingredientes capixabas e técnicas internacionais

João Carlos Butske na Padaria Salute, em Nova Venécia, onde desenvolve receitas artesanais com ingredientes capixabas e técnicas internacionais. Foto: Divulgação/Sebrae-ES

De bicicleta pelas ruas de Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo, ao topo da panificação mundial. Essa é a trajetória de João Carlos Butske, único capixaba e um dos dois brasileiros classificados para disputar o título de Melhor Padeiro do Mundo em 2025. A competição será realizada durante a Fipan, maior feira de panificação e confeitaria da América Latina, entre os dias 22 e 25 de julho, em São Paulo.

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A conquista é mais um marco na carreira do chef, já reconhecido como o Melhor Padeiro das Américas pela Confederação Interamericana da Indústria do Pão (Cipan). À frente da Padaria Salute, João se tornou referência na fermentação natural no Espírito Santo, com mais de 30 variedades de pães artesanais no cardápio.

Entre as criações mais recentes, está o Pão Rosa das Montanhas — uma receita autoral feita com café, suco de laranja e mel, ingredientes típicos das regiões produtoras capixabas. A combinação é um símbolo da proposta de João: valorizar o que o Espírito Santo tem de melhor, sem abrir mão da técnica.

Do brote da avó ao pão de fermentação natural

A paixão pela panificação nasceu da necessidade, ainda na adolescência. Aos 18 anos, João entregava pães de bicicleta pelas ruas da cidade. O tempo passou, mas o cuidado com cada fornada continuou. “O segredo de um bom pão não está apenas na receita, mas no processo, na técnica, no amor e no carinho com que ele é feito”, afirma o chef.

Foi assim que ele adaptou o tradicional brote, receita da avó, para uma produção artesanal em escala — sem perder a essência.

Apoio capixaba pode decidir o título

Além da habilidade técnica, a competição mundial avalia também a visibilidade dos candidatos nas redes sociais. Por isso, João conta com o apoio dos conterrâneos para impulsionar sua pontuação. “É um sonho poder trazer esse orgulho para o nosso Espírito Santo, para o nosso país”, diz.

Com 27 anos de dedicação à panificação artesanal, João acredita que pão também pode transformar vidas — como transformou a dele. E é com essa filosofia que o capixaba tenta levar o Brasil, literalmente, ao topo do mundo.

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