Receba em dólar: como trabalhar de casa para empresas gringas

Receba em dólar: como trabalhar de casa para empresas gringas. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dois anos de pandemia foram suficientes para mudar as concepções de trabalho, romper as fronteiras e transformar a internet como principal meio para ganhar dinheiro, até mesmo em dólar, trabalhando sem sair de casa.

No entanto, é preciso ficar atento antes de fechar parceria com alguma empresa gringa. Existem empresas internacionais e que possuem uma unidade no Brasil, neste caso é mais fácil fazer um acordo principalmente por conta da forma de recebimento do salário.

Caso não tenha, geralmente os pagamentos negociados são feitos por invoice, similar à uma nota fiscal, que é um documento feito exclusivamente para pagamento de serviços entre países diferentes.

É importante reforçar que para trabalhar fora do país, mesmo sem sair de casa, ainda sim é preciso de alguns cuidados:

• Horários: observe se há fuso-horário e se é possível consolidar com a rotina no Brasil;
• Jornada de trabalho: avalie como será a organização para o novo emprego, como é o contrato, se é freelancer ou se existem esquemas de plantões;
• Cultura: mesmo estando no Brasil, o que prevalece é a cultura do local da empresa que vai contratar.
• Feriados: para trabalhar em uma empresa gringa é preciso entender que a agenda não é como no Brasil, então é possível que trabalhe nos feriados.

Cargos mais comuns para trabalhar fora do país

O volume de vagas de home office para empresas gringas, geralmente, se concentram na área de tecnologia, como desenvolvedores, mídias sociais e recursos humanos.

Além disso, o processo seletivo fora do país não é parecida como a do Brasil. Para empresas de fora, mais vale a experiência do que, muitas vezes, o histórico acadêmico. As entrevistas de emprego também são diferentes, isso por conta de regras muito severas de preservação da intimidade do funcionário e, neste caso, costumam ser impessoais.

Como se inserir no mercado gringo

Na hora da busca por um trabalho fora do país, é preciso se destacar para garantir a vaga:

• Currículo bilíngue: além de deixar o currículo atualizado, prepare uma versão em inglês ou espanhol;
• Redes Sociais: seguir as empresas que pretende trabalhar e entenda o perfil e o comportamento, principalmente pelo LinkedIn;
• Pratique o idioma: para se sair bem nas entrevistas, esteja com o vocabulário na ponta da língua;

De acordo com a psicóloga e Gestora de recursos humanos da Rophen, Jaciara Pinheiro, o recrutador leva cerca de 40 segundos para observar um currículo e decidir se deve ser levado para frente ou não. Confira aqui a entrevista na íntegra para a rádio BandNews FM Espírito Santo.