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Quadra Capital e governo federal assinam contrato de privatização da Codesa

É a primeira privatização portuária do país e o contrato prevê a concessão por 35 anos, podendo ser prorrogado por mais cinco anos

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Desestatização da Codesa é aprovada; edital será aberto nesta semana. Foto: Reprodução

Codesa. Foto: Reprodução

O governo federal e a Quadra Capital assinaram nesta segunda-feira (5) o contrato de compra e venda da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). O próximo passo é a assinatura de concessão, prevista para o dia 20 de setembro. As operações em Vitória, Vila Velha e Barra do Riacho passa para as mãos da iniciativa privada.

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> O que o Espírito Santo ganha com a privatização da Codesa?

O consórcio FIP Shelf 119 Multiestratégia foi o vencedor do leilão realizado em 30 de março deste ano na Bolsa de Valores de São Paulo. Os investidores pagaram R$ 106 milhões à União Federal, proprietária da Codesa. É a primeira privatização portuária do país e o contrato prevê a concessão por 35 anos, podendo ser prorrogado por mais cinco anos.

No total, o valor de venda da Codesa fica acima de R$ 1,3 bilhão considerando outros montantes previstos como compra de ações, passivos judiciais e outros. Segundo a companhia, a tendência é de elevação, na medida que a receita da concessionária aumentar nos próximos anos. Além disso, os investimentos previstos e de manutenção estão estimados em R$ 855 milhões.

“Os novos controladores estão cientes das responsabilidades assumidas com a desestatização e entendem que a Codesa representa uma oportunidade única de investimento a longo prazo e possui um papel relevante como indutor de desenvolvimento econômico na sua área de influência direta em todo o Espírito Santo. Uma Codesa mais ágil, dinâmica e com respeito à sua história e ao legado contribuirá para a criação de renda e riqueza aos seus colaboradores, aos seus parceiros e toda a sociedade capixaba”, disse, por meio de nota, a Codesa.

OS NÚMEROS DA CONCESSÃO

O contrato de concessão dos portos de Vitória e Barra do Riacho estipula os seguintes valores: R$ 106 milhões de ágio; R$ 327 milhões relativos à compra das ações da companhia; R$ 71 milhões de passivos judiciais e extrajudiciais assumidos pelo comprador; 25 parcelas anuais de R$ 24,7 milhões do sexto ao trigésimo ano de concessão (totalizando de R$ 617,5 milhões a serem corrigidos pelo IPCA); e ainda uma contribuição variável anual correspondente a 7,5% da receita bruta da concessionária durante os 35 anos de concessão (valores de hoje estimados em R$ 200 milhões).


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