Dinheiro
Preço de remédios terá aumento a partir de terça-feira
Farmácias podem aplicar reajuste de forma progressiva até março de 2026

Preço de medicamentos pode subir até 5,06%. Foto: Agência Brasil
Os preços dos medicamentos vendidos no Brasil terão um reajuste máximo de 5,06% a partir de abril. O percentual foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida entra em vigor na terça-feira (1º/4), mas os preços poderão ser ajustados de forma escalonada.
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A Cmed tem até o dia 31 de março para anunciar os preços autorizados e publicar a resolução no Diário Oficial da União (DOU). O cálculo do reajuste considera a inflação acumulada nos últimos 12 meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além de outros fatores, como produtividade da indústria farmacêutica, concorrência de mercado e custos não captados pela inflação.
Diferentemente do que ocorre em outros setores, a recomposição dos preços dos medicamentos não acontece de imediato. As farmácias podem aplicar o reajuste total de uma vez ou distribuí-lo ao longo dos meses. O aumento progressivo pode ocorrer até março de 2026, quando um novo reajuste será definido.
Além disso, nem todos os medicamentos terão aumento no teto de 5,06%. Segundo integrantes do governo, a média dos reajustes deve ficar em 3,83%, considerando a segmentação do mercado entre produtos com alta concorrência, intermediários e mais concentrados.
Em 2024, o teto para reajuste foi de 4,5%, o menor desde 2020. O objetivo da regulação é evitar que os preços fiquem muito acima da inflação, tornando os medicamentos inacessíveis à população.
O reajuste atinge a maioria dos medicamentos regulados, mas há casos em que os preços são liberados, dependendo da concorrência no mercado. A definição do índice busca equilibrar a necessidade de ajuste dos preços com a preservação do poder de compra dos consumidores.
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