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Investir atrai mais capixabas, mas insegurança ainda é barreira

Mesmo com mais de 126 mil contas abertas no Estado, muitos capixabas ainda adiam o primeiro investimento por receio de risco e falta de orientação

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O número de capixabas que investe nunca foi tão alto, mas o movimento ainda esbarra em um entrave conhecido: grande parte dos iniciantes não sabe como começar. No Espírito Santo, já são 126.895 contas de investimento abertas, segundo a B3, mas a expansão convive com a insegurança de quem teme perder dinheiro ou não entende como funciona o mercado.

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Para especialistas, essa combinação mostra por que o primeiro passo costuma ser o mais difícil. Antes de escolher onde aplicar, o investidor precisa entender seu comportamento diante do risco e definir objetivos claros. Sem isso, qualquer oscilação do mercado pode virar motivo para desistir.

Começar exige autoconhecimento financeiro

Cecília Perini, sócia e líder da XP no Estado, explica que descobrir o próprio perfil é a base de qualquer decisão. Segundo ela, o perfil mostra o quanto de risco a pessoa suporta, quais metas tem no horizonte e o nível de conhecimento sobre o mercado.

A especialista afirma que esse processo evita escolhas impulsivas e perdas desnecessárias. Saber para quê se investe — comprar um imóvel, formar reserva, buscar independência financeira — define a estratégia e dá estabilidade na hora de aplicar.

Três perfis, três formas de lidar com o risco

O mercado costuma classificar os investidores como conservadores, moderados ou arrojados. Os conservadores preferem segurança e retornos menores, como títulos públicos e CDBs.
Os moderados aceitam alguma oscilação em busca de equilíbrio entre risco e rentabilidade.

Os arrojados convivem melhor com volatilidade e miram ganhos maiores no médio e longo prazo, investindo em ações, fundos imobiliários e ativos mais instáveis. Segundo Cecília, essa definição ajuda a montar a carteira e a evitar frustrações.

Perfil muda — e a carteira também

A orientação é revisar o perfil periodicamente, já que mudanças na renda, nos objetivos ou na etapa de vida podem alterar o comportamento diante do risco. Entender cada tipo de investimento, seus prazos e custos também reduz chances de perdas por falta de informação.

Orientação profissional ajuda a vencer a insegurança

Para quem tem dificuldade em começar, o apoio de um profissional pode ser decisivo. Ele auxilia a interpretar o perfil, organizar metas e montar uma estratégia compatível com a realidade do investidor. Cecília resume o processo como união de educação e autoconhecimento, fundamentais para transformar o interesse em prática — e fazer o investimento caber na vida real.

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