Dinheiro
Hora extra e banco de horas: 5 erros mais comuns e como evitá-los
Falta de conhecimento pode afetar o pagamento de horas extras e o uso do banco de horas

Banco de hora e hora extra precisa estar no contrato para segurança de todos os lados. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A legislação trabalhista garante aos trabalhadores o direito ao pagamento das horas extras e ao uso do banco de horas. No entanto, muitos profissionais enfrentam dificuldades para garantir o cumprimento desses direitos.
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De acordo com Giovanni Cesar, professor de Direito do Trabalho, cinco problemas recorrentes podem dificultar o recebimento correto das horas extras ou o uso adequado do banco de horas.
Desconhecimento das regras
Muitos trabalhadores não sabem exatamente quais são seus direitos em relação às horas extras e ao banco de horas. O desconhecimento das regras pode resultar em perdas financeiras. Por exemplo, se o empregado não sabe que tem direito a uma remuneração adicional ou que o banco de horas deve ser compensado dentro de um determinado período, ele pode acabar não cobrando por essas horas extras trabalhadas.
Registros inadequados
Outro erro comum é a falta de um controle preciso das horas extras trabalhadas. Muitas vezes, os registros de ponto não são feitos corretamente, o que dificulta a comprovação de que as horas extras realmente ocorreram. Sem uma documentação adequada, o trabalhador tem dificuldades para cobrar ou comprovar as horas adicionais no momento do pagamento.
É importante manter um registro diário das horas extras trabalhadas e conferir os holerites para garantir que as horas sejam corretamente computadas. Também é essencial guardar documentos formais como comunicados da empresa ou acordos que comprovem as horas extras.
Acordos não oficializados
Em muitos casos, as empresas fazem compensações informais ou verbais de horas extras. No entanto, esses acordos não têm valor legal se não forem formalizados por escrito. Isso pode gerar disputas, pois, se o empregador não cumprir o combinado, o trabalhador pode ter dificuldades em cobrar o pagamento das horas extras ou a compensação no banco de horas.
Para evitar, é importante que o empregado sempre exija a formalização de qualquer acordo sobre horas extras ou banco de horas. O melhor é solicitar uma documentação oficial, como um aditivo ao contrato de trabalho ou um acordo formalizado por escrito, que especifique como e quando as horas serão compensadas ou pagas.
Cultura de intimidação
Em algumas empresas, os trabalhadores evitam exigir seus direitos sobre horas extras por medo de represálias ou até mesmo da demissão. Essa prática é ilegal, e a legislação trabalhista brasileira protege os funcionários contra qualquer tipo de retaliação por reivindicar seus direitos.
Lembre-se de que a legislação trabalhista garante proteção contra retaliações. Se você for vítima de qualquer tipo de intimidação ou represália por cobrar seus direitos, é importante procurar apoio jurídico ou denunciar a situação. Nenhum trabalhador pode ser prejudicado por exigir o cumprimento de seus direitos.
Desinformação propagada
Muitas vezes, os empregadores repassam informações incorretas sobre as horas extras ou o banco de horas. Isso pode ocorrer por falta de conhecimento da legislação ou, em alguns casos, para evitar custos adicionais. Trabalhar com base em informações erradas pode prejudicar o trabalhador, especialmente quando ele deixa de cobrar corretamente pelas horas extras ou não utiliza o banco de horas de forma adequada.
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