Dinheiro
Dicas de como o empreendedor pode renegociar o seu endividamento
Em agosto de 2023, cerca de 6,5 milhões de empresas estavam inadimplentes no país, totalizando mais de 116,2 bilhões de reais em dívidas
É comum ouvir que empreender no Brasil não é fácil. Afinal, são muitos os desafios enfrentados por aqueles que sonham em ter e manter o seu próprio negócio, como alta carga tributária, burocracia, obtenção de crédito, a necessidade de constante inovação, dentre outros. Diante de tantas dificuldades, existe uma que afeta inúmeras empresas e que pode levá-las à falência: a inadimplência.
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De acordo com o estudo Indicador de Inadimplência das Empresas, do Serasa Experian, em agosto de 2023, cerca de 6,5 milhões de empresas estavam inadimplentes no país, totalizando mais de 116,2 bilhões de reais em dívidas. Ainda segundo o levantamento, 89% dos negócios inadimplentes são micro, pequenos e médios, que somam 58 milhões de empreendimentos endividados.
PRINCIPAIS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DO ENDIVIDAMENTO
Para Alessandro Schlomer, consultor em planejamento financeiro e CEO da POTENCER Soluções Corporativas, a baixa educação financeira e a inexperiência com esse tipo de gestão estão entre os principais motivos que levam ao endividamento. Ele também destaca a ausência de recursos, a desorganização, a falta de um fluxo de caixa efetivo e de um DRE – demonstração do resultado do exercício – como fatores que contribuem para essa situação, bem como um planejamento financeiro mal feito ou inexistente.
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Dentre as principais consequências, estão: falta de liquidez da empresa, perda de patrimônio, falta de caixa disponível, dificuldade na continuidade do negócio e na expansão, negativação da empresa nos órgãos de proteção ao crédito e processos judiciais de cobrança.
DICAS PARA O EMPREENDEDOR RENEGOCIAR O ENDIVIDAMENTO
- Entender exatamente o montante e características da dívida atual;
- Buscar opções de negociação, tanto com a instituição que originou a dívida, mas também com outras instituições financeiras, como bancos tradicionais e fintechs;
- Tenha um planejamento financeiro claro e que contemple essa renegociação. Só assim será possível entender se o negócio suportará o novo fluxo financeiro.
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Segundo o especialista, é necessário implementar uma gestão econômica e financeira efetiva na empresa, e ter um planejamento financeiro estabelecido e com um acompanhamento constante. Outra dica, é antes de todo investimento relevante, elaborar um estudo de viabilidade econômica-financeira prévio. Contar com profissionais experientes para apoio também é essencial.
PEQUENO E MÉDIO EMPREENDEDOR
Alessandro ressalta que o pequeno e o médio empreendedor têm mais dificuldade de investir em conhecimento e em ferramentas que os irão auxiliar por uma questão de limitação de recursos financeiros. Já o grande, muitas vezes ignora a importância de apostar em uma gestão econômica e financeira efetiva.
“Um planejamento financeiro efetivo traz clareza ao empreendedor, mostrando a previsibilidade das entradas, das saídas e da lucratividade da companhia. Dessa forma, é possível evitar dívidas não planejadas. Tanto o pequeno e o médio, quanto o grande empreendedor, devem investir em um bom planejamento financeiro e em uma gestão financeira efetiva”, argumenta.
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