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Vereadores querem fim da eleição para diretor de escola em Vitória

A eleição popular para diretor de escola ocorre em Vitória desde 1992. Houve polêmica no plenário da Câmara Municipal da capital

Publicado

em

EMEF Alvimar Silva

Vereadores quem acabar com a atual eleição para diretor de escola em Vitória. Foto: Divulgação (PMV)

A sessão da Câmara de Vitória desta segunda-feira (2) gerou polêmica e provocou um debate entre os vereadores da Capital. Uma indicação do vereador Leonardo Monjardim (Novo) ao prefeito Lorenzo Pazolini solicita o fim do processo eleitoral para a escolha dos diretores das escolas da rede municipal de ensino. Atualmente, a escolha é realizada por votação da comunidade.

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Com a proposta, Monjardim sugere que o Executivo passe a indicar os responsáveis pelas escolas, assim como já ocorre nas unidades de saúde. A sugestão gerou reação contrária por parte dos vereadores da oposição.

Devido a um equívoco do presidente, Delegado Leandro Piquet (Progressista), a indicação foi colocada em votação no plenário, o que é contrário ao regimento. Na votação, dos 15 vereadores presentes, quatro foram favoráveis e três contrários. Os demais não registraram seus votos no painel.

Além de Monjardim, votaram a favor Davi Esmael (Republicanos), Maurício Leite (PRD) e Duda Brasil (PRD). Foram contra Karla Coser (PT), André Moreira (PSOL) e Vinicius Simões (PSB). A votação, no entanto, foi anulada, já que a indicação é uma prerrogativa do exercício parlamentar e será encaminhada à prefeitura.

Em sua defesa, Monjardim argumentou a favor da meritocracia na escolha dos diretores. O modelo atual, que está em vigor desde 1992, segundo ele, apresenta pontos negativos, como a falta de conhecimento técnico da comunidade escolar para escolher o gestor, a politização do cargo, e a falta de capacitação e experiência dos eleitos.

“Não podemos permitir que o cargo de diretor seja tratado como uma questão política, onde o gestor é escolhido por ser amigo de professores ou da comunidade. O que quero é uma gestão meritocrática, com bons resultados no IDEB, e isso só será possível com boa gestão. Não é com apadrinhamento ou politicagem dentro da escola”, declarou.

Em sua fala, a vereadora Karla Coser (PT) lembrou que já havia alertado sobre a possibilidade de mudança no processo eleitoral, uma prática que, segundo ela, fazia parte dos planos da atual gestão, que aguardava a passagem da eleição municipal para implementar a alteração. “O senhor [vereador Monjardim] está sendo um emissário do que o prefeito quer fazer há muito tempo, mas não tem coragem, que é acabar com a eleição para diretores escolares. É um absurdo o que estamos vendo acontecer”, afirmou.

Em nota oficial, o vereador André Moreira (PSOL) também se manifestou contra a indicação. “O desmonte do processo eleitoral nesse formato é mais um golpe de Pazolini e seus aliados contra a educação. Ele já atacou o Conselho Municipal de Educação de Vitória (Comev), reduzindo sua representatividade, e tenta impor um modelo de educação integral que não considera os interesses das famílias e estudantes, nem a estrutura das escolas”, afirmou.

Em resposta à reportagem do portal ES360, a Prefeitura de Vitória informou que a Secretaria Municipal de Educação (Seme) não tomou conhecimento da indicação do vereador Leonardo Monjardim de forma oficial.


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