Dia a dia
Três mortes confirmadas em desabamento de prédio em Vila Velha
O corpo do idoso Eduardo Cardoso, 68 anos, foi encontrado na madrugada desta sexta-feira (22)

Desabamento de prédio em Cristóvão Colombo, Vila Velha. Foto: Corpo de Bombeiros
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Após 19 horas de buscas por vítimas e desaparecidos nos escombros do prédio que desabou no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, o Corpo de Bombeiros encontrou a quarta vítima da tragédia. O corpo do idoso Eduardo Cardoso, 68 anos, foi encontrado na madrugada desta sexta-feira (22). Com o resgate, o Corpo de Bombeiros encerrou as buscas.
Entre as vítimas estão a adolescente Sabrina Morassuti, de 15 anos, neta de Eduardo, que foi a segunda morte confirmada. A outra morte foi da mãe dela, Camila Morassuti, 36. Larissa Morassuti foi resgatada com vida e encaminhada para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência de Vitória, com ferimentos leves e lúcida.
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DESABAMENTO
A causa do desabamento ainda não foi identificada. Vizinhos contaram que sentiram um forte odor de gás e logo depois um barulho de explosão.
Casas próximas a esse prédio tiveram vidros quebrados com a força da explosão. Por precaução, a Defesa Civil interditou residências que ficam ao lado do prédio.
CONSTRUÇÃO IRREGULAR
Em visita ao local do desabamento de um prédio em Cristóvão Colombo, em Vila Velha, ocorrido na manhã de quinta-feira, especialistas do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) constataram que o prédio foi executado de maneira irregular, sem projetos, sem anotações de responsabilidade técnica, sem acompanhamento de um profissional de engenharia e sem cumprir as Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBRs).
Uma pessoa morreu e duas ficaram feridas no desabamento e um idoso ainda está desaparecido.
O presidente do Crea-ES engenheiro Jorge Silva faz um alerta a população: “Na hora de construir ou reformar, procure uma empresa ou profissional legalmente habilitado para realizar obras e serviços de Engenharia. Isso traz mais economia, qualidade e segurança para os moradores e também para a comunidade do entorno. Construção clandestina expõe o imóvel e as pessoas a grandes riscos, até mesmo causando vítimas, como infelizmente ocorreu neste caso”.
Ainda nesta quinta-feira (21/4), o Conselho irá iniciar uma verificação das condições dos imóveis nas proximidades com o objetivo de identificar se há riscos para a vizinhança.
“A partir de agora o Crea-ES acompanhará o caso trabalhando junto ao Corpo de Bombeiros. Nossa função é a fiscalização do exercício profissional, mas nossa atuação tem ido além, educando, orientando e contribuindo com a população e com os órgãos públicos de defesa da sociedade, quando na ocorrência de tragédias como essa”, disse Jorge Silva.
