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Tartaruga de 1,5 metro surpreende banhistas na Serra

Animal de mais de 1,5 metro pode ter buscado praia da Serra para desova; presença mobilizou policiais e especialistas

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Tartaruga-de-couro encontrada em Jacaraípe, na Serra

Tartaruga-de-couro encontrada em Jacaraípe, na Serra. Foto: Divulgação/Sesp

Uma tartaruga-de-couro, considerada a maior espécie de tartaruga marinha do planeta, foi encontrada na manhã desta terça-feira (8) na praia de Jacaraípe, na Serra. O animal, que mede 1,55 metro de comprimento e 1,22 metro de largura de casco, é raro no litoral brasileiro e está na lista das espécies gravemente ameaçadas de extinção.

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A presença da tartaruga chamou atenção de banhistas e moradores, que acionaram a Polícia Militar Ambiental. Ao chegar ao local, os policiais encontraram uma multidão cercando o animal, o que poderia comprometer seu bem-estar. A tartaruga foi imediatamente protegida com apoio técnico do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM).

Possível desova em área urbana

Segundo especialistas do IPRAM, a tartaruga possivelmente buscava um local seguro para realizar a desova — um comportamento considerado extremamente raro no Espírito Santo. A espécie costuma desovar em áreas muito específicas, e raramente em praias urbanizadas.

A área foi isolada e os profissionais adotaram protocolos rigorosos para reduzir o estresse do animal. A população foi orientada a manter distância e evitar o uso de flash, sons altos ou qualquer interferência que pudesse alterar o comportamento da tartaruga.

Rara no Brasil, espécie reforça alerta ambiental

Com distribuição em diversos oceanos, a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) tem poucos registros de desova no Brasil. O episódio em Jacaraípe é, portanto, um marco importante para os estudos sobre a espécie e para os esforços de conservação da vida marinha no país.

A Polícia Ambiental reforça que o caso evidencia a relevância da participação da sociedade na preservação da biodiversidade. Ao identificar animais marinhos em situação incomum, a recomendação é acionar imediatamente os órgãos ambientais e evitar qualquer tipo de contato direto.

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