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Dia a dia

Só 2% dos motoristas parados em blitze são autuados por embriaguez

Número de operações subiu de 80 por mês no ano passado para 114 nos primeiros meses de 2022

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Para muitos motoristas as blitze são operações raras de se ver pelas ruas da Grande Vitória, o que faz com que muitos percam o medo de beber um copo de cerveja, uma taça de vinho e assumir o volante um tempo depois.

Atitudes como essa acabam em tragédia, como ocorreu na última sexta-feira (15), quando a estudante Luísa Lopes, de 24 anos, foi atropelada quando andava de bicicleta na avenida Dante Michelini, em Camburi. Suspeita de atingir a vítima, a corretora de imóveis Adriana Felisberto Pereira se recusou a soprar o bafômetro e teria bebido um copo de cerveja em um bar na Praia do Canto antes do acidente.

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Embora a percepção seja de que estejam ocorrendo menos operações, os números do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar mostram o contrário. No ano passado, a média mensal de blitze foi de 80 enquanto neste ano o número subiu para 114 blitze realizadas por mês, o que dá uma média de 3,8 blitze por dia.

Mesmo com o aumento do número de fiscalizações, apenas 2% dos motoristas parados pelos policiais acabam sendo autuados por embriaguez, seja ao não passar no bafômetro ou a se recusar a fazer o teste.

Segundo o capitão Anthony Moraes Costa, do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, neste ano, de janeiro a março, foram abordados 18.864 motoristas nas operações de fiscalização.

E desse total, 10 motoristas estavam com concentração de álcool no sangue superior à medida em que se categoriza crime. E outros 10 não passaram no teste mas terão sanções apenas administrativas.

Outras 396 pessoas se recusaram a fazer o teste de alcoolemia. Mas mesmo assim acabam sofrendo as penas administrativas como recolhimento da CNH, suspensão do direito de dirigir e multa de mais de R$ 2.934,70.

“Em decorrência da volta à normalidade, com as pessoas retomando a rotina, tivemos aumento no fluxo de veículos e pessoas nas ruas e isso fez com aumentássemos o número de fiscalização. As nossas operações acontecem em toda a região metropolitana e são realizadas em vários horários. Tem as começam às 20h e vão até 1h, outras de madrugada ou à tarde”, informou.