Sesp passa a divulgar estatísticas de violência contra idosas no ES

Violência contra a mulher. Foto: FreePik

O novo Painel de Monitoramento da Violência Contra a Mulher, da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Espírito Santo, agora inclui dados de violência doméstica sofrida por idosas. A inclusão ocorreu por uma demanda da Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, cuja procuradora é a deputada estadual Iriny Lopes (PT-ES). Anteriormente, esse recorte de idade não era disponibilizado.

Idosas que sofrem violência de gênero no Espírito Santo, atualmente, são encaminhadas para a Delegacia do Idoso, e não para as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM). Com isso, as estatísticas referentes a esses casos não entravam nos dados divulgados ao público.

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A demanda da Procuradoria da Mulher da Ales surgiu após visita da deputada Iriny Lopes à Delegacia do Idoso de Vitória. Na unidade, cerca de 30% de todos os atendimentos de mulheres são referentes a casos de violência doméstica, o que demonstra a necessidade da mudança do fluxo de atendimento nas delegacias.

“Além de causar uma distorção dos dados, o atendimento de idosas em outras delegacias que não sejam as DEAMs é prejudicial para as vítimas. Essas mulheres precisam de atendimento especializado. Se uma idosa é vítima de crime de trânsito, de assalto ou golpe financeiro, ela não será atendida na Delegacia do Idoso. Então, é claro que o mesmo deve ocorrer nos casos de violência doméstica. Essa mulher precisa ser atendida em uma DEAM”, destaca a deputada Iriny Lopes.

Além disso, a sistematização e a divulgação dos dados é crucial para o planejamento de políticas públicas mais eficazes e direcionadas. Com a inclusão das estatísticas de violência doméstica contra idosas no Painel de Monitoramento da Violência Contra a Mulher, será possível obter uma visão mais abrangente e precisa da realidade enfrentada por essas mulheres no Espírito Santo.

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Esses dados permitirão identificar padrões, tendências e áreas de maior incidência de violência, o que é fundamental para a elaboração de estratégias preventivas e de resposta mais eficazes. Por exemplo, ao compreender melhor a dimensão e a natureza da violência contra idosas, o estado pode desenvolver programas de apoio e proteção específicos para esse grupo etário. Além disso, poderá capacitar profissionais de todas as áreas para atender de forma adequada às necessidades dessas vítimas.

A deputada Iriny Lopes ressalta a importância de um atendimento especializado: “Essas mulheres idosas enfrentam uma dupla vulnerabilidade: a de gênero e a da idade. Portanto, é imprescindível que sejam atendidas em unidades preparadas para lidar com a complexidade desses casos, garantindo um suporte psicológico, jurídico e social adequado. A inclusão dos dados de violência contra idosas no painel não apenas corrige uma distorção estatística, mas também representa um passo significativo na luta pela justiça e proteção de todas as mulheres”.

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