Dia a dia
Rotatória do Ó: entrega está prevista para junho deste ano
A intervenção promete melhorar o tráfego de cerca de 4 mil motoristas que circulam por hora na região

Perspectiva da rotatória do Ó. Foto: prefeitura da Serra
Atrasada, a obra para a construção da Rotatória do Ó, no Parque Residencial Laranjeiras, Serra, deve ser entregue até junho deste ano. A execução teve início em agosto de 2020, com previsão de conclusão em dois anos. Orçado em R$ 54 milhões, o dispositivo viário promete três conjuntos de viadutos, duas pistas exclusivas para ônibus, além de passagem expressa da Avenida Eldes Scherrer até as avenidas Talma Rodrigues e Copacabana. A intervenção promete melhorar o tráfego de cerca de 4 mil motoristas que circulam por hora na região.
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O prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, lembra que a obra teve início na gestão passada e, desde que assumiu a execução muitos empecilhos surgiram, o que provocou atrasos nas obras. “Essa é uma operação de crédito feita com a Caixa Econômica Federal. As alterações feitas no projeto, precisam de aprovação da Caixa. E nós tivemos alguns imprevistos, como o gasoduto que não estava no local indicado pelo projeto, o que também aconteceu com os canos de abastecimento de água. Tudo isso precisou ser removido e houveram aditivos. A obra licitada em R$ 35 milhões, já está custando hoje R$ 54 milhões”, comentou o prefeito.
O prefeito reforça que não é de interesse da Prefeitura da Serra atrasar as obras. Uma vez que os valores sofrem reajustes e aumente ainda mais o investimento. “Essa complementação no valor da obra é recurso do Município. Como a obra atrasou e a previsão era começar a pagar a linha de crédito dois anos após o início, nós já estamos pagando e ainda nem entregamos a obra”, explicou.
ENTENDA O ATRASO
Segundo o secretário de Obras e Infraestrutura da Prefeitura da Serra, Halpher Luiggi, ainda em dezembro de 2020, a obra precisou de um aditivo de 23%. Esse aditivo são acréscimos a serem implementados em obras, serviços ou compras contratadas pelo poder público e não podem fazer em limite superior a 25%. Ao assumir a execução do projeto, a nova gestão encontrou muita inconsistências, que geraram atrasos nas obras. Além da passagem do gasoduto e da rede de abastecimento, que precisaram serem desviadas, também contou com atraso na entrega das vigas.
“Toda obra apresenta problemas na hora da execução. E quando estávamos escavando, nos deparamos com a passagem de gasoduto. Imediatamente tem que suspender a execução. Foi necessário que a Petrobras primeiro fizesse o desvio. Duas semanas antes da paralisação da distribuição do gasoduto, é necessário divulgar o corte na distribuição. Então a mudança pode ser feita. Esse processo leva em média de 30 a 40 dias até ser finalizado. Assim também aconteceu com a rede de abastecimento da Cesan-ES e a rede elétrica da EDP. Além disso, tivemos muitas outras intercorrências”, detalhou o secretário.
A Secretaria de Obras e Infraestrutura ainda teve que lidar com o atraso na entrega das vigas. O material previsto para ser entregue em julho, começou a chegar em outubro. As últimas vigas necessárias para a conclusão do projeto foi entregue nesta quinta-feira (19). Nesse período ainda vieram as chuvas e o recesso de fim de ano. Além do atraso devido ao movimento operacional demandado pelas obras em execução, a Prefeitura da Serra precisou vencer a burocracia, uma que a cada alteração no projeto, havia a necessidade de ser aprovada pela Caixa Econômica.
A boa notícia é que neste momento, de acordo com Luiggi, as obras na Rotatória do Ó seguem a todo vapor e sem empecilhos. Até mesmo o projeto de paisagismo já foi feito e licitado pela nova gestão. A ideia é que todo o espaço ocioso do complexo viário possa a ser aproveitado pelos moradores. A previsão é que a partir de março, já seja liberada a circulação nos viadutos. E a obra seja concluída até junho.
COMPLEXO VIÁRIO
A intervenção promete melhorar o tráfego de cerca de 4 mil motoristas que circulam por hora na região. Com este novo dispositivo viário, serão três conjuntos de viadutos, duas pistas exclusivas para ônibus, além de passagem expressa da Avenida Eldes Scherrer até as avenidas Talma Rodrigues e Copacabana.
O projeto prevê, ainda, a construção de um estacionamento público, uma praça e uma pista de skate, na parte central da rotatória, que, hoje, é um terreno vazio.
As duas passagens inferiores que ligam as avenidas Eldes Scherrer e Talma Rodrigues Ribeiro têm a extensão de 400 metros. Além disso, a passagem inferior que dá acesso à avenida Copacabana tem 180 metros, totalizando, assim, 580 metros de pista nas rampas do interior da rotatória.
