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Polêmica da criança no avião: psicóloga fala sobre limite na infância

Psicóloga aponta que muitos pais confundem a educação respeitosa com a ideia de não estabelecer limites

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Mulher negar trocar assento com criança em avião e viraliza

Mulher negar trocar assento com criança em avião e viraliza. Foto: reprodução

Um vídeo que viralizou nessa quinta-feira (5) mostra uma mulher se recusando a ceder seu lugar no avião para uma criança, e gerou discussões sobre empatia e também sobre limites na educação infantil. No vídeo, Jeniffer Castro, que ocupava o assento ao lado da janela, aparece calmamente ouvindo música enquanto a mãe da criança questiona sua atitude. Segundo Jennifer, a criança tinha à sua disposição um assento ao lado de uma janela, junto com sua mãe, mas insistia em mudar de lugar. Diante da negativa da passageira em ceder seu assento, a criança chorou por muito tempo. Após perceber que estava sendo filmada pela mãe, Jeniffer se defendeu, afirmando que a situação foi exposta sem seu consentimento.

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A psicóloga e especialista em educação infantil Lícia Assbu analisou a situação, ressaltando a importância de adotar uma abordagem respeitosa na educação das crianças. Segundo ela, é responsabilidade dos pais, em momentos como esse, ensinar aos filhos o respeito pelos direitos dos outros, incluindo o direito de cada um ocupar seu assento.

Educação respeitosa

Lícia, com mais de 18 anos de experiência no segmento educacional, apontou que muitos pais confundem a educação respeitosa com a ideia de não estabelecer limites. Ela acredita que frases como “não chuta a cadeira da frente porque o moço vai brigar com você” transferem a responsabilidade do comportamento para terceiros, sem ensinar empatia. Para Lícia, é fundamental que as crianças compreendam que seus atos impactam os outros e que respeitar os limites é um princípio essencial para uma boa convivência.

Ser exemplo é essencial

Lícia também enfatizou o papel dos pais como exemplo. Para ela, educar é, acima de tudo, guiar com amor e respeito, mostrando que limites claros não são punições, mas uma forma de cuidado e proteção. Ela acredita que situações como a do voo podem ser uma boa oportunidade para ensinar aos filhos sobre empatia e respeito aos direitos dos outros.

Quanto ao comportamento da mãe, que filmou a situação e criticou Jeniffer, a psicóloga sugeriu que a melhor atitude seria acolher a criança e explicar por que ela não poderia ocupar o lugar desejado. Lícia acredita que, ao invés de expor o outro, o mais importante para o aprendizado da criança é entender a situação e aprender o motivo de algumas atitudes.

Por fim, Lícia alertou sobre a importância de educar com base no respeito e na empatia. Para ela, os filhos aprendem muito mais com os exemplos que os pais dão do que com palavras. Ser um exemplo de comportamento ético e respeitoso é, segundo a psicóloga, fundamental para a formação de crianças que serão capazes de lidar com as adversidades da vida de maneira equilibrada e sensata.


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