Pintor capixaba transforma pedras e rochas em artes incríveis

Além dos muros e das telas convencionais, Alexandre Altoé, 31 anos, tem feito pinturas realistas e repletas de detalhes em rochas que encontra pelo caminho. De cobras à gorila, o pintor capixaba tem dado vida a pedras e já ficou famoso pelo trabalho no Espírito Santo. No Instagram, já reúne mais de 10 mil seguidores.

Alexandre Altoé nasceu e cresceu em Venda Nova do Imigrante. Desde muito cedo, a família já notava o dom para as artes do menino, que já aos três anos de idade pintou sua primeira tela. A vida tentou afastar Alexandre das artes, mas a vocação falou mais alto e, atualmente, abraçou a profissão de artista e vem se destacando.

“Eu sou autodidata. Tentei fazer outras coisas da vida, mas não adiantou. Eu sou feliz assim, fazendo arte. Tem quase oito anos que eu faço arte urbana. E foi em 2019 que comecei com as pedras. Muitas vezes, eu olho para a pedra e já vem na minha cabeça o desenho. Quando alguém me contrata, a pessoa fecha o valor, eu vou lá, a gente conversa e então eu faço a arte”, comenta Altoé.

A pedra em formato de cobra é um dos trabalhos que mais chamam a atenção nas redes sociais do artistas. A rocha foi encontrada durante uma escavação em um terreno onde está sendo construído um resort. A manifestação artística ficará em um lago e Alexandre já está ansioso para ver a obra finalizada. Foram quatro horas de pintura para “dar vida” a rocha.

“Meu xodó é a tartaruga, sem dúvidas. Ela fica em Caxixe Quente, Castelo, e logo que olhei para ela, já vi uma tartaruga. Demorou um tempo até eu voltar. Foram dois dias de pintura, umas oito horas de trabalho. Agora o mural que eu fiz que eu mais gostei foi o de uma brasileira entregando uma Jubarte de volta para o mar. Foi pintado em um quiosque”, lembra Altoé.

Alexandre Altoé já tem obras espalhadas pelo Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Tem a alegria e felicidade estampada no rosto por tudo que conquistou, mas ainda quer mais. Segundo o artista, a vontade agora é montar um motorhome e deixar sua marca pelo mundo a fora. Ainda entre os sonhos, está a construção de um instituto cultural que possa reunir música, dança, pintura e escultura em um só espaço.

“Eu fiquei muito feliz. 22 escolas de Castelo estudaram sobre minha arte por dois anos e neste ano de 2023 montaram uma exposição surpresa. Eu fiquei tão emocionado que nem consegui falar no microfone. Tinha autoridades presentes e tudo. Fora ver aquelas crianças me conhecendo e me reconhecendo pela minha arte. Foi maneiro”, contou Altoé.

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