Dia a dia
Pastor alvo de operação da PF é preso em frente ao Exército em Vila Velha
Por volta de 9h40, Fabiano Oliveira deu entrada no Centro de Detenção Provisória de Viana II
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O pastor Fabiano Oliveira foi preso em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército, na Prainha, em Vila Velha, pela Polícia Federal. Ele é um dos alvos da operação contra bolsonaristas radicais que promovem atos antidemocráticos. Estava foragido desde a última quinta-feira (16).
A Polícia Federal disse que, após ser preso, o pastor foi levado ao Departamento Médico Legal e entregue ao sistema prisional do Estado. Por volta de 9h40, Fabiano Oliveira deu entrada no Centro de Detenção Provisória de Viana II.
Apenas o radialista Maxcione Pitangui, mais conhecido como Max Pitangui, continua foragido no Espírito Santo.
ENTENDA
Na última quinta-feira (15), a Polícia Federal cumpriu 23 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão em Vila Velha, Serra, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim. A operação atingiu suspeitos de envolvimento na organização de atos antidemocráticos após as eleições de outubro. Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estavam os gabinetes dos deputados estaduais bolsonaristas Capitão Assumção (PL) e Carlos Von (DC).
Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro atendeu a uma representação da procuradora-geral de Justiça do Espírito Santo, Luciana de Andrade. A operação faz parte do inquérito das fake news, instaurado em 2019 e relatado por Moraes no STF.
CONTEXTO
Além do Espírito Santo, as buscas foram realizadas em endereços nos estados de Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina. Também há ordens de prisão e de quebra de sigilo bancário.
Desde a derrota eleitoral de Bolsonaro no 2º turno, no dia 30 de outubro, apoiadores do presidente têm bloqueado estradas e realizado acampamentos em frente a quartéis militares no país, incluindo o 38º Batalhão de Infantaria, na Prainha, Vila Velha.
Os manifestantes defendem pautas antidemocráticas, como uma intervenção federal por parte das Forças Armadas (ou seja, um golpe de Estado) a fim de impedir a posse do presidente eleito, marcada para 1º de janeiro.
Na última terça-feira (13), dia da cerimônia de diplomação de Lula, no TSE, apoiadores do atual presidente promoveram atos de depredação de patrimônio público e privado nas ruas de Brasília, incluindo ônibus e carros incendiados. Também apedrejaram uma delegacia e tentaram invadir a sede da Polícia Federal.
