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Olimpíadas: Isaquias Queiroz é prata na canoagem

Agora Isaquias Queiroz se junta a Robert Scheidt e Torben Grael, ocupando a 2ª posição no ranking de atletas brasileiros com mais medalhas em olímpíadas

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Olimpíadas: Isaquias Queiroz é prata na canoagem

Olimpíadas: Isaquias Queiroz é prata na canoagem. Foto: Alexandre Loureiro/COB

Após enfrentar um resultado frustrante no C2 500m, Isaquias Queiroz prometeu dar a volta por cima em sua última prova nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, representando com orgulho a equipe de Lagoa Santa. Ele cumpriu sua promessa com determinação, conquistando sua quinta medalha olímpica ao garantir a prata no C1 1000m. Com essa vitória, Isaquias se consolidou como o maior nome da canoagem de velocidade do Brasil.

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Segundo publicação do Comitê Olímpico do Brasil, agora Isaquias Queiroz se junta a Robert Scheidt e Torben Grael, ocupando a segunda posição no ranking de atletas brasileiros com mais medalhas olímpicas, com um total de cinco. O trio está atrás apenas de Rebeca Andrade, que alcançou a marca de seis medalhas nesta edição dos Jogos Olímpicos. Além da prata em Paris, Isaquias já conquistou o ouro no C1 1000m em Tóquio 2020, além de outras três medalhas na Rio 2016: prata no C1 1000m, prata no C2 500m e bronze no C1 200m. O sonho de superar os ícones da vela brasileira permanece vivo.

Nesta sexta-feira (09), Isaquias começou sua jornada rumo ao pódio nas semifinais do C1 1000m. Com um tempo de 3:44.80, ele garantiu vaga na final, conquistando o terceiro melhor tempo geral e o segundo lugar na primeira bateria, ficando atrás apenas do alemão Sebastian Brendel e do tcheco Martin Fuksa. Surpreendentemente, o recordista olímpico Catalin Chirila, da Romênia, terminou em quinto e foi eliminado.

Na quinta-feira anterior, Isaquias havia competido no C2 500m ao lado de Jacky Godmann, ficando em oitavo lugar. A dupla, que havia conquistado a quarta posição em Tóquio, estava confiante de que poderia alcançar um resultado melhor em Paris, mas o desempenho abaixo do esperado no C2 serviu como motivação extra para Isaquias, que se redimiu na prova individual.

Trajetória de Isaquias Queiroz

Nascido em Ubaitaba, na Bahia, uma cidade conhecida como “cidade das canoas” em tupi-guarani, Isaquias Queiroz enfrentou diversos desafios antes de se tornar um dos maiores atletas do Brasil. Criado em uma família humilde com nove irmãos, perdeu o pai ainda na infância e foi criado pela mãe, Dona Dilma, que trabalhava como servente na rodoviária da cidade.

Desde cedo, Isaquias enfrentou obstáculos que poderiam ter interrompido sua trajetória. Aos três anos, sofreu graves queimaduras após uma panela de água fervente virar sobre ele, exigindo um longo período de recuperação em casa, sob os cuidados de sua mãe. Aos dez anos, caiu de uma árvore, resultando em uma lesão grave que levou à remoção de um dos rins. Este acidente lhe rendeu o apelido de “Sem Rim”, um apelido que ele usa com orgulho, brincando que “perdeu um rim, mas ganhou um terceiro pulmão”.

A canoagem entrou na vida de Isaquias por meio do projeto Segundo Tempo, que oferecia atividades esportivas para jovens em Ubaitaba. Inicialmente interessado no futebol, Isaquias foi atraído pela canoagem, inspirado por Jefferson Lacerda, um dos pioneiros da modalidade no Brasil e competidor nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992.

Hoje, Isaquias Queiroz é um exemplo de superação e determinação, acumulando títulos e reconhecimentos internacionais, e inspirando uma nova geração de atletas brasileiros.


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