Morre Tonico, fotógrafo que registrou a história do ES

Com informações do portal Sim Notícias.

Fotógrafo Antônio Carlos Sessa Neto. Foto: Arquivo Pessoal

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O fotógrafo Antônio Carlos Sessa Neto, conhecido como Tonico, morreu na madrugada desta terça-feira (14), em Vitória. Ele era reconhecido como uma das maiores referências em fotografia no Espírito Santo, com um acervo que documenta a história recente do estado, incluindo registros das áreas política, econômica e das transformações urbanas. Tonico também atuava como supervisor do Centro de Memórias e Bens Culturais da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).

Segundo familiares, Tonico estava internado nos últimos dias. Informações sobre o velório e o sepultamento ainda não foram divulgadas, mas as cerimônias devem acontecer no Cemitério de Santo Antônio, em Vitória.

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Nas redes sociais, o governador Renato Casagrande lamentou a perda e homenageou o fotógrafo. “Tonico, por décadas, eternizou em imagens o trabalho dos deputados estaduais que passaram pela Assembleia Legislativa, assim como eu no início de minha trajetória”, escreveu Casagrande.

Legado de mais de 60 anos de história

Tonico iniciou sua trajetória na fotografia ainda na adolescência, acumulando mais de seis décadas de atuação. Seu trabalho documentou as transformações econômicas e urbanas do Espírito Santo, incluindo os governos de seis governadores diferentes, além de momentos históricos marcantes.

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Entre os eventos registrados por ele estão a visita do príncipe Charles, do Papa João Paulo II e de Nelson Mandela. Tonico também acompanhou o crescimento das cidades capixabas, suas mudanças e desafios. Em reconhecimento à sua trajetória, a Assembleia Legislativa prestou-lhe uma homenagem no Dia Mundial da Fotografia.

Homenagens de colegas e amigos

O fotógrafo Gabriel Lordello, sócio da Mosaico Fotogaleria, destacou a relevância do trabalho de Tonico para a memória do Espírito Santo. “Ele foi muito importante para a fotografia capixaba, participou ativamente do Fotoclube Capixaba nas décadas de 1960 e 1970, produziu um acervo significativo das cidades e registrou fatos marcantes da nossa história. Sempre alegre e ativo, ele fará muita falta para o nosso estado”, afirmou Lordello.

Já o fotógrafo Bernardo Coutinho ressaltou a parceria e o profissionalismo de Tonico. “Tonico é um fotógrafo na essência da palavra. Sempre muito calmo ao registrar suas imagens, mesmo nos momentos de ‘calor’ do plenário. Muito educado com os colegas de profissão, ele nunca nos via como concorrentes, pois sabia que havia espaço para todos. Deixou seu nome na fotografia capixaba”, disse Coutinho.

Tonico será lembrado não apenas pela contribuição à fotografia, mas também pela generosidade e tranquilidade que marcaram sua trajetória.

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