Dia a dia
Maguila: família doa cérebro do atleta para estudos sobre demência
No velório que acontece nesta sexta-feira (25), a viúva do ex-pugilista afirmou que a decisão foi tomada por Maguila ainda em vida
A família do ex-boxeador Maguila, doou o cérebro do atleta para pesquisas sobre demência pugilística. A decisão foi tomada em vida pelo próprio Maguila, que faleceu aos 66 anos na quinta-feira (24/10), em Itu, interior de São Paulo. O velório ocorre nesta sexta-feira (25/10), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
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“Faz 18 anos que o Maguila está doente e por conta disso a gente resolveu até em vida mesmo a doação do cérebro dele ontem para estudo”, declarou Irani Pinheiro, viúva do ex-boxeador, em coletiva de imprensa realizada durante o velório.
Maguila desenvolveu encefalopatia traumática crônica (ETC), uma condição que se assemelha ao Alzheimer e afeta atletas expostos a impactos constantes na cabeça. O órgão será encaminhado ao Banco de Cérebros da Universidade de São Paulo, que também recebeu as doações dos cérebros do ex-pugilista Éder Jofre e do ex-jogador Hilderaldo Luís Bellini, a fim de aprofundar o estudo sobre os efeitos da doença.
O sepultamento de Maguila será às 17h no Cemitério Lágrimas, em São Caetano do Sul, ABC Paulista. Estiveram presentes na coletiva o filho mais velho, Denilson Lima dos Santos, conhecido como Maguilinha, o filho caçula, Junior Ahzura, e o vereador de São Paulo Eliseu Gabriel (PSB).
Carreira
O principal peso-pesado e uma das direitas mais pesadas do boxe brasileiro, José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, nasceu em Aracaju, em 1958.
Maguila começou sua carreira profissional em 1983, após um período no boxe amador, e rapidamente ganhou notoriedade por seu estilo de luta agressivo e pela força física.
Com jeito carismático e entrevistas que chamavam atenção, Maguila cativou o público. Entre as principais lutas, estão os confrontos com nomes como Evander Holyfield e George Foreman.
Ao longo dos 17 anos de carreira profissional, ele acumulou 85 lutas, 77 vitórias, sendo 61 por nocautes, sete derrotas e um empate técnico.
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