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Kauã e Joaquim: Ex-pastor Georgeval é condenado a 146 de prisão

O julgamento do acusado aconteceu em Linhares e durou dois dias

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O ex-pastor Georgeval Alves, acusado de matar o filho Joaquim Alves e o enteado, Kauã Butkovsky. Foto: Reprodução/Facebook

O ex-pastor Georgeval Alves, acusado de matar o filho Joaquim Alves e o enteado, Kauã Butkovsky. Foto: Reprodução/Facebook

Terminou na noite desta quarta-feira (19) o julgamento do ex-pastor Georgeval Alves, acusado de estuprar, torturar e assassinar o filho Joaquim Alves, de 3 anos, e o enteado, Kauã Butkovsky, de 6. Ele foi condenado a 146 anos e quatro meses de prisão.

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No entanto, pela Legislação, um condenado por ficar no máximo 30 anos em regime fechado.

O ex-pastor foi condenado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, estupros de vulneráveis e tortura contra os irmãos. 

O julgamento demorou menos de 48 horas e o conselho de sentença, formado por seis mulheres e um homem, decidiu pela condenação do réu.

Com isso, o juiz Tiago Camata Fávaro, responsável pelo caso, aplicou a pena pelo duplo assassinato das crianças. 

A previsão inicial era de que o julgamento fosse durar três dias, mas o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e a defesa dispensaram 13 testemunhas que estavam inscritas para participar do Júri.

O julgamento estava marcado para o início do mês, mas a defesa, composta por cinco advogados, abandonou o fórum alegando falta de segurança para o julgamento.

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Com isso, a Justiça decidiu multá-los em R$ 60 mil casa e manter o Júri em Linhares, local onde aconteceu o crime.

Atuaram no júri deste caso os promotores de Justiça Claudeval França Quintiliano, Cleander César da Cunha Fernandes e Luiziany Albano Scherrer que comprovaram a tese da acusação.

Psicopatia

A defesa de Georgeval Alves divulgou um parecer técnico de 136 páginas em que analisa a saúde mental do acusado de estuprar, assassinar e queimar vivos o filho, Joaquim Alves, de 3 anos, e o enteado Kauã Butkovsky, de 6 anos.

O laudo é assinado pelo psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro e foi encomendado pelos advogados de Georgeval com a finalidade de avaliar se o pastor tem características psicológicas compatíveis com a de uma pessoa que poderia cometer os crimes em que ele é acusado.

O parecer revela “ausência de critérios técnicos clínicos para psicopatia, transtorno antissocial, histriônico e narcisista”.

O crime

O crime aconteceu no dia 21 de abril de 2018, na residência onde a família morava no Centro de Linhares. As crianças morreram após terem sido abusadas sexualmente e queimadas vivas. As chamas atingiram apenas o quarto onde as crianças dormiam.

Durante a investigação, Juliana Salles, mãe das crianças, chegou a ser presa duas vezes, mas a Justiça entendeu que não havia provas do envolvimento dela na morte dos filhos. O processo contra ela foi arquivado.

Sete dias após a tragédia, o ex-pastor foi preso, ainda durante o inquérito policial. Ele permanece o Centro de Detenção Provisória de Viana 2, na Grande Vitória.

De acordo com o MPES, o réu teria estuprado e torturado as vítimas, colocando-as desacordadas em um beliche no quarto.

Em seguida, utilizando um líquido inflamável, ateou fogo ao local, causando as mortes das vítimas por carbonização.

A esposa de Georgeval, Juliana Pereira Sales Alves, estava, à época do crime, em um curso de dança da igreja que frequentavam e eram pastores na cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais.

Ela viajou com o filho mais novo do casal, deixando os dois mais velhos aos cuidados de Georgeval, que era pai de Joaquim que tinha 3 anos, e padrasto de Kauã, com 6 anos.


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