Ícone da música brasileira, Gal Costa morre aos 77 anos

A cantora Gal Costa. Foto: Julia Rodrigues/Divulgação

Uma das maiores vozes da música brasileira, Gal Costa morreu aos 77 anos, na manhã desta quarta-feira (09), em São Paulo. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista. A causa da morte foi infarto, segundo informações também passadas pela assessoria da cantora. Ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos.

A cantora havia dado uma pausa dos shows após passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita. Ela era uma das atrações do festival de música Primavera Sound, que aconteceu em São Paulo, no último final de semana. Gal iria ficar fora palcos todo o mês de novembro. Ela já havia turnê marcada para os meses de dezembro e janeiro.

Maria da Graça Costa Penna Burgos, nasceu em Salvador em 26 de setembro de 1945. Sempre encorajada pela mãe a seguir carreira artística, Gal deu a voz de clássicos da MPB como “Baby”, “Meu nome é Gal”, “Chuva de Prata”, “Meu bem, meu mal”, “Pérola Negra” e “Barato total”.

A carreira como cantora se iniciou em 1965, quando apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Foram ao todo 57 anos no cenário da música nacional. Desde seu surgimento, Gal ficou conhecida como uma revolução das vozes e dos costumes na música brasileira.

Durante sua trajetória, nos anos 60 e 70, a cantoria seguiu inovando, misturando ritmos e estilos. Ela foi uma das responsáveis pelo movimento tropicalista ao participar do álbum “Tropicália ou Panis et Circencis”, aos seus 20 e poucos anos.

Em sua mais recente empreitada, a artista revisitava grandes sucessos dos anos 80 da MPB, em sua turnê chamada de “As várias pontas de uma estrela”. Gal iria se apresentar em diversos estados do Brasil, além de estar cotada para a programação de vários festivais e com uma turnê na Europa prevista para novembro.

Sua trajetória será tema do filme “Meu nome é Gal”, previsto para ser lançado em 2023. Gravado em São Paulo, o longa traz Sophie Charlotte no papel da protagonista e acompanhará sua história do momento em que ela deixa a Bahia e se muda para o Rio de Janeiro, e depois São Paulo, no fim dos anos 1960, até o início da década seguinte.