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Hospital do ES chega a 100 transplantes de coração

Paciente com insuficiência cardíaca recebeu o órgão após dois meses de internação; seis pessoas ainda aguardam na fila no Espírito Santo

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Espírito Santo bateu recorde no número de transplantes em 2024

Transplante. Foto: Divulgação/Sesa

O Hospital Meridional Cariacica realizou, no dia 21 de março, o centésimo transplante de coração da unidade. O paciente, um homem de 42 anos, sofria de insuficiência cardíaca avançada e aguardava na fila desde janeiro. Ele ficou internado por dois meses até a realização da cirurgia, que foi considerada bem-sucedida pela equipe médica.

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O procedimento marca a trajetória do hospital, que iniciou as cirurgias cardíacas desse tipo em 2003. Desde então, a unidade se tornou referência no Estado, sendo responsável por reduzir a fila de espera por transplante de coração. Atualmente, seis pessoas aguardam o procedimento no Espírito Santo, sendo que duas delas estão internadas no próprio Meridional, em estado mais grave.

O coordenador do setor de transplantes cardíacos da Rede Meridional, Melchior Luiz Lima, avalia que o avanço se deve à estrutura hospitalar, campanhas de doação e à atuação do sistema estadual de transplantes. Segundo ele, com o acompanhamento adequado, pacientes transplantados podem ter longa sobrevida e mais qualidade de vida.

Para oferecer esse tipo de cirurgia, a equipe médica do hospital buscou capacitação em centros do Rio Grande do Sul e de São Paulo. O serviço foi estruturado com base em protocolos desenvolvidos com apoio de profissionais de fora do Estado. O primeiro transplante cardíaco da história capixaba foi feito no próprio Meridional, em 2003.

Entre 2015 e 2018, o hospital investiu na formação de equipes por meio de um programa de tutoria voltado para transplantes e doação de órgãos. O objetivo era ampliar a segurança dos procedimentos e o acompanhamento dos pacientes.

Além das cirurgias, o hospital mantém um ambulatório específico para o atendimento de transplantados. O local realiza avaliações médicas e multidisciplinares, com equipes de psicologia, assistência social, enfermagem e especialistas. A triagem define se o paciente pode ser incluído na fila. Depois da cirurgia, o acompanhamento continua no mesmo setor, com consultas e monitoramento contínuo.

Casos de pacientes transplantados em anos anteriores ainda são acompanhados pela equipe. A cardiologista Daniella Motta destaca a necessidade de um cuidado permanente. Segundo ela, o sucesso do transplante depende tanto da cirurgia quanto do monitoramento clínico e laboratorial ao longo dos anos.

O hospital também realiza transplantes de outros órgãos, como rim e fígado. Todas as etapas — da triagem ao pós-operatório — são concentradas no Centro de Transplantes da unidade, que atende pacientes do SUS e de planos de saúde.

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