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Genro morto em Guarapari tinha histórico de agressões, diz defesa da sogra

Felipe Catanio de Araújo foi esfaqueado no peito pela sogra, que alegou legítima defesa da filha e do neto

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Felipe Catanio de Araujo, morreu após ser ferido com um golpe de faca em Guarapari

Felipe Catanio de Araujo, morreu após ser ferido com um golpe de faca em Guarapari. Foto: Reprodução

Felipe Catanio de Araújo, de 32 anos, morto no último domingo (27) após ser esfaqueado pela sogra em Guarapari, já havia se envolvido em episódios de agressão contra a companheira, segundo a defesa da mulher acusada pelo crime. O caso, registrado por câmeras de segurança no bairro Muquiçaba, na Região Metropolitana de Vitória, segue sob investigação da Polícia Civil.

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O advogado da aposentada de 57 anos, Lucas Neto, afirmou que Felipe estava “visivelmente alterado” e passou horas ofendendo e gritando com a ex-namorada em frente à casa onde a sogra mora. “Não dá pra compreender direito o motivo. Uma hora era o fim do relacionamento. Uma hora era um dinheiro que ele havia dado para o filho e queria de volta”, disse.

Relação conturbada com a companheira

De acordo com Lucas Neto, Felipe e a filha da acusada mantinham um relacionamento, mas já estavam separados na data do crime. “Eles eram namorados e tinham um filho. Estavam separados no momento dos fatos”, relatou. Ele destacou ainda que os dois nunca chegaram a morar juntos, apesar de ela passar alguns períodos na casa do rapaz.

Segundo o advogado, a filha da aposentada já havia sido vítima de agressões por parte de Felipe. “Houve episódios registrados e não registrados. Ela preferiu não prosseguir com medida protetiva por vergonha”, afirmou Neto.

Discussão antecedeu o crime

A morte de Felipe aconteceu no início da noite de domingo. Segundo a versão apresentada pela defesa, ele permaneceu por horas na porta da casa da sogra gritando com a ex-namorada. A situação teria escalado quando a mulher desceu para conversar e a sogra interveio, resultando na facada no peito do rapaz.

Ainda conforme o relato do advogado, a aposentada teria agido para proteger a filha e o neto. “Ela também foi agredida por ele. Agiu em legítima defesa”, declarou Lucas Neto.

Histórico de uso de entorpecentes

Embora não conhecesse Felipe pessoalmente, o advogado afirma que recebeu informações sobre seu comportamento por meio da filha da acusada. “Pelas informações da ex-namorada, ele tinha problemas com entorpecentes. Antes disso, era uma pessoa boa, mas se tornou violento”, afirmou Neto.

Sogra foi ouvida e liberada

Logo após o crime, a mulher se apresentou espontaneamente à Polícia Civil e foi ouvida. Como não houve flagrante, ela foi liberada. A Polícia informou que o caso segue sendo apurado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari. A arma usada no crime foi apreendida.

O sepultamento de Felipe Catanio de Araújo ocorreram nesta terça-feira (29). Ele deixa um filho pequeno. A investigação agora busca esclarecer as circunstâncias do homicídio e se a alegação de legítima defesa será confirmada pelos depoimentos e provas reunidas.

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