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Dia a dia

Gavião ameaçado de extinção é resgatado em Fradinhos

A ave teve uma perna fraturada, está recebendo tratamento e poderá voltar à vida livre na natureza

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Gavião-pombo encontrado em Vitória. Foto: Divulgação

Um gavião-pombo, espécie ameaçada de extinção, foi resgatado em uma casa em Fradinhos no início de julho. A ave entrou no quintal de uma casa e foi mordida pelo cachorro da família, o que resultou em ferimentos graves. A família conseguiu salvar a ave e acionou o serviço de resgate da prefeitura.

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Agora, o gavião-pombo (Amadonastur lacernulatus) está sendo acompanhado por técnicos do Serviço de Resgate de Animais Silvestres, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam). A ave teve uma perna fraturada, está recebendo tratamento e poderá voltar à vida livre na natureza.

“Essa atitude é importante para salvar o animal, uma vez que a equipe tem conhecimento técnico e é capacitada para lidar com as diferentes espécies e com as situações em que há ferimentos e necessidade de cuidados especiais”, diz o biólogo Saulo Ramos da Silva.

O gavião-pombo foi encaminhado para o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram) e é acompanhado por Saulo, que acredita na recuperação total do animal.

Serviço de Recolhimento de Animais Silvestres

Para quem encontrar um animal silvestre fora do seu habitat natural, a Semmam orienta ligar imediatamente para o serviço, seguir as orientações e aguardar o profissional fazer o recolhimento. O animal será avaliado e poderá ser reintroduzido diretamente à natureza, em um dos parques naturais de Vitória, ou levado ao Ipran, em Cariacica, ou para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Barcelona, na Serra.

O atendimento é feito pelo telefone (27) 99724-2788 ou pelo 156.

Gavião-pombo

Ameaçado de extinção, o gavião é uma espécie endêmica do Brasil, também conhecido como gavião-pomba.

O gavião-pombo-pequeno é morfologicamente muito similar ao gavião-pombo-grande (Pseudastur polionotus), do qual se diferencia principalmente pelo menor porte, pela vocalização e pela coloração da ponta da cauda.

Alimenta-se de aranhas, pequenas cobras, roedores, pequenos mamíferos, lagartixas, insetos, aves e mocós. Forrageia animais espantados no solo por formigas-de-correição e por bandos de macacos ou quatis que servem de “batedores”.

Ocorre na Floresta Atlântica do Brasil Oriental, da Bahia até Santa Catarina.