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Família divulga foto e diz que médica morta em hotel sofria agressão

O corpo de Juliana Pimenta Ruas El-Aouar foi encontrado em um hotel de Colatina. O marido é o principal suspeito do crime

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A médica Juliana Pimenta Ruas El-Aouar, de 39 anos, foi morta em um hotel de Colatina. Foto: Divulgação (Rede Social)

Uma foto em que aparece com um corte na testa indica sinais de que a médica Juliana Pimenta Ruas El-Aouar era agredida pelo ex-prefeito de Catugi-MG Fuvio Luziano Serafim. Essa é a tese da família e do advogado contratado para acompanhar as investigações. O marido é o principal suspeito da morte dela, ocorrida no último fim de semana em um hotel de Colatina. 

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Serafim e o motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, estão presos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Colatina.

Com isso, surgem novos indícios de que a médica morta em Colatina era espancada pelo marido. Segundo o advogado contratado pela família, Síderson Vitorino, o registro foi feito pela própria vítima e enviada a uma amiga em abril de 2023. Na imagem é possível ver um corte profundo com dezenas de pontos.

“Amedrontada, a médica não representou contra o marido à época dos fatos. E questionada por amigos e familiares, ela simplesmente dizia que tinha caído”.

O advogado afirma que apresentou à Polícia Civil o nome de amigas próximas à médica, que são capazes de confirmar a rotina de medo e tortura física e psicológica sofridos pela psiquiatra morta em Colatina. 

O advogado ressalta ainda que solicitou ao delegado algumas diligências importantes, que só não serão reveladas para não atrapalhar as investigações.

Prisão

Na última segunda-feira, a Justiça negou o pedido de liberdade do marido de Juliana e do motorista que estava no quarto ao lado do hotel em que a médica foi morta. 

O juiz entendeu haver prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria havendo, portanto, justa causa para a decretação da prisão preventiva.

“Trata-se de crime de homicídio (feminicídio), perpetrado de maneira fria e desprezível, imputado ao marido da vítima e ao outro custudiado. Conforme laudo apresentado pelo SML, a vítima sofreu diversas (graves) lesões, sendo as causas da morte, hipoxemia, asfixia mecânica, broncoaspiração e traumatismo cranioencefálico. No local dos fatos foram apreendidos diversos fármacos, dentre eles: morfina, clonazepan, dormonid, jardiance, seringas, agulhas e ainda na janela abaixo do quarto, parte de um vidro do medicamento kentamina. Encontrado ainda “pó branco” que foi encaminhado para análise”, afirma o magistrado em sua decisão. 

Juliana foi encontrada morta em um quarto de hotel em Colatina. O motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, também foi preso. As circunstâncias do crime estão sob investigação e envolvem relatos conflitantes entre Fuvio e Robson. Enquanto Fuvio alega que sua esposa desmaiou após passar mal, Robson afirma ter sido chamado ao quarto para ajudar a vítima que havia caído no banheiro.

O atestado de óbito aponta as seguintes causas da morte de Juliana: hipoxemia (baixa concentração de oxigênio no sangue), asfixia mecânica, broncoaspiração, traumatismo cranioencefálico.