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Dia a dia

Ex-diretor de presídio em Viana e mais dois são presos em operação do MPES

A operação que apura um esquema criminoso de “venda de camisas”, ou seja, postos de trabalho e outros benefícios na Penitenciária de Segurança Máxima 1, em Viana

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Presídio de Segurança Máxima de Viana. Foto: Divulgação

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) deflagrou na manhã de hoje (sexta-feira) uma operação que apura um esquema criminoso de “venda de camisas”, ou seja, postos de trabalho e outros benefícios na Penitenciária de Segurança Máxima 1, em Viana.

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Foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva contra dois servidores públicos e uma advogada. Também foi expedido mandado de prisão contra um interno da Penitenciária. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Viana e o caso tramita em segredo de Justiça.

As investigações apontaram que, no período de novembro ao final de dezembro de 2022, um servidor público integrante da direção da unidade prisional implementou o esquema criminoso que vendia postos de trabalho no Projeto Amigurumi, que integra internos na confecção de crochês.

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O plano envolvia a solicitação e recebimento de vantagens indevidas para favorecer presos da penitenciária, além de “liberações anormais” de ligações e visitas assistidas e íntimas a diversos presos de duas galerias do presídio.

As apurações tiveram início após um preso declarar que pagou, por intermédio de familiares, a quantia de R$ 8 mil para ter acesso a vaga de trabalho na cozinha. O esquema fraudulento também foi confirmado por mais de 30 internos, em uma sindicância instaurada pela Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS) para apurar os fatos.

Para operar o esquema, os servidores públicos contavam com a participação de um interno, que negociava os benefícios entre os demais presos por valores pagos em espécie. Eram impostos valores diferenciados, de acordo com a capacidade econômica dos presos e conforme integrassem ou não à mesma facção do denunciado, que poderia reter para si parcela do valor eventualmente cobrado.

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A venda de benefícios também ocorria em meio a ameaças ou através de retaliações ou imposição de sanções disciplinares infundadas. Uma advogada e esposa de um dos presos também ajudava a coletar os valores pagos pelos internos.


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