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Dia a dia

Ethel Maciel defende gestão democrática na Ufes

Candidata à reitoria da Universidade e vencedora da pesquisa informal realizada no último dia 6, a atual vice-reitora fala sobre seus projetos para a Ufes

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No último dia 6, a atual vice-reitora da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), Ethel Maciel, venceu a pesquisa informal para escolha de quem irá ocupar a reitoria entre 2020-2024. A pesquisa funciona como uma consulta à comunidade acadêmica, mas caberá ao colégio eleitoral da Ufes – formado pelos Conselhos Universitário; de Ensino, Pesquisa e Extensão; e de Curadores – elaborar a lista tríplice que será encaminhada ao Ministério da Educação para nomeação da Presidência da República. Os candidatos à lista tríplice poderão se inscrever entre os dias 27 e 29 deste mês. Ethel é uma das concorrentes que entrevistadas a partir desta semana. Graduada em Enfermagem pela Ufes, ela tem 50 anos, é professora efetiva da Ufes desde 1998, tem doutorado em Saúde Coletiva/Epidemiologia pela UERJ e pós-doutorado nas instituições Johns Hopkins University e UC Berkeley School of Public Health.

Qual sua principal bandeira?
Nosso projeto é resultado de um processo coletivo de construção. Chegamos a duas bandeiras fundamentais: a humanização das relações e o cuidado das pessoas, e a inovação nos mecanismos de gestão. Propomos a criação da Secretaria de Promoção à Saúde e da Secretaria de Inclusão Social e Acessibilidade com o objetivo de promover saúde, qualidade de vida, bem como fortalecer ações e políticas de inclusão social e acessibilidade. Além disso, propomos uma gestão inovadora, baseada na introdução de mecanismos e ferramentas que deverão possibilitar mais eficiência para alocação dos recursos e para tomadas de decisão, e novas possibilidades de financiamento. Para isso, propomos a criação da Secretaria de Projetos e da Diretoria de Avaliação Econômica e Sustentabilidade.

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O que propõe para as áreas de segurança, assistência estudantil e pesquisa?
Para a área de segurança, vamos intensificar o diálogo com nossos órgãos de segurança pública e de justiça. Temos condições de ter indicadores precisos para escolher que modelo de segurança vamos implementar em cada campus. A decisão será tomada em conjunto com a comunidade universitária. Em relação à assistência estudantil, propomos consolidar e fortalecer o Programa de Assistência Estudantil e realizar o escalonamento do preço do RU (Restaurante Universitário). Também propomos fortalecer a pesquisa acadêmica por meio da captação de recursos junto às agências de fomento, instituições públicas e privadas e órgãos governamentais.

Quais os principais desafios da Ufes nos próximos anos?
São muitos. Uma das nossas primeiras ações à frente da gestão será discutir o orçamento em audiências públicas para planejar e traçar o melhor caminho. Outro desafio será a melhoria das condições e processos de trabalho e o fortalecimento do acesso e permanência dos estudantes na universidade.

Como avalia o programa Future-se, do governo federal?
As decisões sobre a adesão ao Future-se são colegiadas. Em assembleia do Conselho Universitário, a Ufes optou pela não adesão. Essa não é uma escolha centralizada na gestão e respeitamos os processos democráticos. Vale destacar que muitos pontos do programa já são realizados na Ufes, como as parcerias público-privadas, o incentivo ao empreendedorismo e à ciência, inovação e tecnologia.

Como pretende conduzir a universidade diante da redução de recursos?
Desde 2015, a Ufes vem sofrendo reduções no orçamento, e a atual gestão começou a realizar estudos e avaliações econômicas para melhorar os processos de compra e de licitações, e qualificar nossas equipes de planejamento. Chegaremos a dezembro de 2019 com as contas em dia. Diante da previsão de redução orçamentária para o próximo ano, vamos intensificar os processos que já estão sendo feitos e encontrar alternativas. Pretendemos aumentar e sistematizar a nossa captação de recursos, buscando novas possibilidades de financiamento, parcerias e integração com a bancada capixaba no Congresso Nacional, e estreitar nossa relação com o Ifes, em busca de soluções conjuntas.

A garantia da autonomia da universidade é uma preocupação diante do contexto político atual?
A autonomia universitária é uma preocupação constante. Independentemente de qualquer contexto político, ela deve ser amplamente defendida pela sociedade e atuar como protagonista no desenvolvimento econômico, social e cultural do Espírito Santo. Temos compromisso com a defesa da autonomia da universidade e vamos prezar por uma gestão democrática e participativa, ampliando os espaços de diálogo e respeitando as decisões colegiadas.