Estabilidade da covid está ameaçada com queda no isolamento, diz Sesa

Secretário de Saúde Nésio Fernandes e subsecretário de Vigilância em Saúde Luiz Carlos Reblin. Foto: Sesa/Divulgação

A estabilidade de casos de covid-19 na Grande Vitória, principalmente em Vitória e na Serra, está ameaçada pela redução  do isolamento social registrada nos últimos dias na região metropolitana. Segundo o secretário de estado da Saúde, Nesio Fernandes, a redução do isolamento coloca em risco a vida de outras pessoas, por pressionar novamente o acesso a leitos hospitalares.

Nesio destacou que nos últimos 21 dias, a secretaria de Saúde criou 203 leitos para covid no Espírito Santo, o que equivale a dois hospitais com 100 leitos, conseguindo acompanhar o crescimento de casos com o número de leitos. E destacou que o estado teve mais de 70 dias de distanciamento sustentável, em torno de 44% durante a semana e acima de 50% aos finais de semana, mas essa estabilização e padronização sustentada do isolamento tem reduzido de maneira radical nos últimos dias e no final de semana. Em Vitória, por exemplo, segundo dados do painel de Isolamento Social  nos últimos dois sábados, 20 e 13 de junho, a média de isolamento estava em 48%, enquanto nos fins de semana anteriores ficava em torno de 54% e 52%.

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“A redução do isolamento social foi por livre decisão das pessoas. Porque não modificamos nenhuma decisão sobre eventos, shows e funcionamento de comércio. Foi decisão das famíliar ter reduzido o padrão de isolamento que estava consolidado. Pessoas que não estavam expostas passaram a circular nas ruas e até em bares. Eventos indevidos estão sendo realizados e essa indisciplina social poderá romper a tendência de estabilização da pandemia na Grande Vitória”, frisou.

O secretário de Saúde destacou ainda que o Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (22) que o Paraíba e o Espírito Santo são os estados em que a curva de crescimento de casos ainda é grande. “Ainda não derrotamos a pandemia e qualquer sensação de segurança e qualquer decisão de flexibilização nesse momento é prematura, pois a curva ainda está em franco crescimento no Espírito Santo”, lembrou.