Do Val passa a ser investigado por ataques contra Flávio Dino

Do Val é investigado sob suspeita de ter atrapalhado as investigações do 08/01. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) como suspeito de ser responsável por ataques ao ministro Flávio Dino.

Do Val teria divulgado o telefone no ministro via WhatsApp em um grupo de militantes de direita. Eles foram incitados a enviar mensagens para Dino.

À colunista Natália Portinari, do UOL, o senador negou qualquer tipo de ataque. De acordo com ele, se trata de um grupo de jovens “interessados por política”.

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Segundo investigadores, nos dias 14 e 15 de maio, Dino teria recebido mensagens ofensivas após seu número ser enviado no grupo por Do Val.

O nome de Do Val tinha sido citado no depoimento dos titulares das linhas, que foram chamados para depor pela PF para estabelecer a origem do vazamento.

Mesmo citando o nome do senador, a PF trabalhava com a hipótese de alguém ter se passado pelo senador no grupo, que se chamava “Grupo da Direita”.

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Durante a sabatina para ser ministro do Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira (13), o próprio senador forneceu provas sobre o caso.

Em sua lista de transmissão, ele disse que um menor de idade participante desse grupo teria sido convocado para depor como suspeito e enviou uma cópia da intimação.

“Estão duvidando que um menor de idade foi intimado para depor na Polícia Federal por ter criticado o Flávio Dino. Então segue a intimação da PF”, escreveu.

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De acordo com a PF, o suspeito na realidade tem 21 anos. Com base nesses novos acontecimentos, os investigadores devem pedir que o caso seja remetido ao STF.

A PF deve também pedir que incluam Do Val no inquérito das fake news, após ele ter afirmado, de maneira errada, que haviam convocado um menor de idade para depoimento.

Do Val diz não se lembrar de quando entrou no grupo e do que ocorreu no dia em que as mensagens foram enviadas a Dino.

“Ali é um grupo de adolescentes, fico dando incentivo para eles poderem entrar na política. É tudo criança”, disse.