Dia a dia
Dia da Mentira: tradição é muito mais antiga do que se imagina
Em uma data específica do ano, pessoas de todo o mundo brincam umas com as outras
“Mentira tem perna curta”, é o que os pais sempre dizem aos filhos. Mas em uma data específica do ano, pessoas de todo o mundo brincam umas com as outras, pregando peças e contando mentiras. A explicação para isso é histórica.
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O dia 1º de abril, conhecido como Dia da Mentira, surgiu na época da instituição do Calendário Gregoriano, que substituiu o Calendário Juliano por determinação do Concílio de Trento (conselho ecumênico da Igreja Católica), entre os anos de 1545 e 1563.
Com a mudança no calendário em 1582, historiadores contam que parte da população da França se revoltou contra a novidade e se recusou a adotar o 1º de janeiro como o início do novo ano. Virando piada para o resto da população, essas pessoas foram convidadas para festas e comemorações inexistentes no 1º de abril. Nascia assim a tradição de zombaria e de pregação de peças.
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Outro relato histórico relaciona a data ao festival de Hilária, uma festa romana anterior ao nascimento de Cristo, que celebrava o equinócio de março em honra à deusa Cibele, a “Mãe dos Deuses”, uma divindade que reunia aspectos das deusas gregas Gaia, Reia e Deméter.
Já no Brasil, a tradição chegou em 1828, com o noticiário impresso mineiro “A Mentira”, que trazia em sua primeira edição a morte de Dom Pedro I na capa e foi publicado justamente em 1º de abril.
Famosas mentiras
Empresas acharam no dia 1º de abril uma oportunidade de ganhar engajamento com as “pegadinhas”, aumentando a visibilidade no mercado. Entre elas estão a emissora pública britânica BBC, que tradicionalmente prega peças no público desde a década de 30.
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Em uma das brincadeiras mais famosas, a empresa anunciou que o governo do Reino Unido trocaria o mecanismo de ponteiros do Big Ben – o relógio mais famoso do mundo e símbolo nacional – por um digital. Eles ainda prometeram que a primeira pessoa a ligar para a rádio ganharia os antigos ponteiros do grande relógio como lembrança. A ação acabou causando problemas à emissora, que precisou explicar a brincadeira nos dias seguintes.
Em 1992, nos Estados Unidos, a National Public Radio (NPR) colocou no ar uma entrevista com o comediante Rich Little em que ele se passava pelo ex-presidente Richard Nixon. No quadro, ele anunciava que seria candidato a presidência. Entretanto, Nixon havia renunciado o cargo durante processo de impeachment em 1974 pelo envolvimento no escândalo de Watergate.
A Amazon também celebra o Dia da Mentira com brincadeiras que, muitas vezes, confundem os usuários. Em 2015, a Amazon reverteu sua página principal para a versão de 1999. Até descobrirem a brincadeira, os usuários deveriam passar pela experiência de “túnel do tempo” na navegação do site.
*Com informações Agência Brasil.
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