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Cupim danificou piso que desabou em escola de Vitória, diz Crea-ES

Uma professora ficou ferida após o piso da escola Primeiro Mundo desabar. A funcionária continua internada

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Piso da escola Primeiro Mundo desabou por ter sido danificado por cupins. Foto: Divulgação (Crea-ES)

A principal causa da queda do piso de uma das salas do Centro Educacional Primeiro Mundo, localizado no bairro Santa Lúcia, em Vitória, foi a deterioração por cupins na camada de madeira que constitui a placa do sistema construtivo da estrutura. No acidente, uma professora ficou ferida e continua internada em um hospital particular de Vitória. 

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A identificação foi realizada nesta sexta-feira (19), após vistoria técnica e ação fiscal do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) na instituição de ensino.

As equipes detectaram a presença de insetos no mezanino e a desintegração de partes da peça de madeira do painel, causada pela infestação de cupins que fragilizou, danificou e afetou a estabilidade do material, culminando no desabamento da estrutura.

O gerente de relacionamento institucional do Crea-ES, engenheiro civil, ambiental e de segurança do trabalho Giuliano Battisti, explica que o painel wall é composto por núcleo de madeira laminada e revestido em suas faces por placa cimentícia. Apesar de ser considerado um produto resistente, é necessário atentar para aspectos fundamentais na aquisição e na instalação desse produto.

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a madeira que revestia o piso estava danificada por cupim. Foto: Divulgação (Crea-ES)

“É importante exigir os manuais dos fornecedores desses materiais construtivos e verificar se constam nesses documentos informações sobre instalação e manutenção, se há resistência ao fogo e sua propagação, se possui indicações de que a madeira passou por tratamento anticupim e, principalmente, se as especificações e discriminações estão de acordo com as normas técnicas”, alertou Battisti lembrando, ainda, da importância de se observar, além da presença dos insetos, se há incidência de umidade, deformações ou sinais de trincas ou fissuras na superfície.

O presidente do Conselho engenheiro Jorge Silva informou que as orientações do Crea-ES aos responsáveis pela instituição de ensino são no sentido de garantir a segurança dos usuários do local.

“Nossas equipes instruíram à escola para que sejam realizadas vistoria e perícia em todos os ambientes, com substituição, inclusive, de toda a estrutura feita com o mesmo método construtivo. Aconselhamos, ainda, que todas as placas sejam substituídas por materiais que atendam às normas técnicas aplicáveis”, disse.

O que diz a escola Primeiro Mundo:

“O Centro Educacional Primeiro Mundo, de Vitória, informa que, durante a primeira vistoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), realizada em 19/04/24, foi identificada a presença de madeira no interior das placas cimentícias e metálicas do piso da sala onde o incidente ocorreu.

A deterioração do material foi causada por cupins e a escola não tinha conhecimento sobre a presença dos insetos ou quaisquer outros tipos de danos na estrutura. A instituição está garantindo em parceria com a empresa proprietária do imóvel, que é alugado, assegurar a reconstrução do ambiente, sempre prezando pela utilização dos melhores materiais e máxima segurança.

A escola reforça que realiza manutenções periódicas em suas instalações e em todos os equipamentos pedagógicos e que as intervenções estruturais do imóvel são de responsabilidade do proprietário, que de imediato se mostrou disponível e também focado em solucionar todos os pontos.

O Centro Educacional Primeiro Mundo destaca que continuará seguindo todas as recomendações do CREA para garantir a segurança de alunos e funcionários, incluindo a substituição de todas as atuais instalações com o mesmo material da sala onde o incidente ocorreu por uma nova estrutura integralmente metálica, visando maior segurança, de acordo com as recomendações do CREA.


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