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Atirador de escola em Aracruz faz 18 anos. Vai continuar preso?

Dois anos após o crime que chocou o país, o atirador da escola de Aracruz está internado no Iases

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Homem é suspeito de ataque em duas escolas de Aracruz. Foto: Reprodução

O atirador das escolas de Aracruz está internado no Iases. Foto: Reprodução

O adolescente atirador que matou quatro pessoas e feriu outras 11 em duas escolas de Aracruz foi julgado e condenado a três anos de internação. Na época, com 16 anos, era a maior pena que poderia receber por ser menor de idade. Agora, com 18 anos completos, qual será o destino dele? 

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Atualmente, ele está internado no Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases). O avô de umas das vítimas que morreu durante o ataque, Laudérico Antônio Zuccolotto, teme que o rapaz ganhe a liberdade após cometer o crime.

A neta, Selena Sagrillo, tinha 12 anos quando foi assassinada dentro da escola. Passados dois anos da tragédia, a dor da família ainda é grande. “Dizem que o tempo ameniza, mas com a gente não. Esse assassino não tem ideia do que fez com a nossa família. Minha mãe tem 84 anos e ela era a única bisneta. Minha esposa faz tratamento psicológico, meu filho tem um semblante diferente do que era. Era nossa única neta, era minha companheira de pesca, saía comigo em todos os lugares”, disse inconformado.

O sentimento de impunidade, para Zuccolotto, é grande. “Enquanto nossos políticos não mudarem as leis, nosso Brasil vai continuar assim. Um moleque pega uma arma e mata 4 pessoas simplesmente porque deu vontade de matar. Quando um maior de idade comete um delito tem sua punição. Quando de menor os pais são responsáveis”, defendeu. 

A reportagem do portal ES360 procurou a advogada Priscila Benichio, que fazia a defesa do adolescente. Ela explicou que o rapaz não deve deixar a prisão.

“Quando um menor é condenado por um ato infracional e está prestes a completar 18 anos, mesmo que ele faça 18, pode permanecer internado até os 21 anos. Essa medida visa garantir a continuidade do processo de ressocialização e acompanhamento do jovem”.

Questionada sobre o comportamento do condenado pelo crime durante sua internação, a advogada afirmou que todas as informações sobre ele são totalmente sigilosas, sendo de responsabilidade exclusiva da família.

Em nota, o Iases informou que também não pode divulgar informações sobre adolescentes que ingressam, cumprem e/ou cumpriram medida socioeducativa de internação nas unidades do Instituto, tendo em vista que esta publicidade viola o princípio da proteção integral, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o período máximo para internação dos adolescentes é de até 3 anos, e, a depender de sua idade, podem ficar até os 21 anos incompletos. Ao final do cumprimento da medida, o adolescente é liberado após alvará judicial”, informou o órgão.

Relembre o crime

O ataque começou na manhã do dia 25 de novembro, por volta das 9h30, na Escola Estadual Primo Bitti. O suspeito arrombou o cadeado e entrou na escola estadual. O primeiro acesso foi à sala dos professores, onde ele atirou em 11 pessoas, e duas delas morreram no local.

Na sequência, o suspeito foi para o Centro Educacional Praia de Coqueiral, onde ele atirou em outras três pessoas, sendo que uma morreu no local. Nas imagens da escola, é possível ver o criminoso com roupa camuflada, com uma arma que parece ser uma submetralhadora e mascarado.

Foram utilizados dois helicópteros do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Secretaria da Casa Militar (Notaer) para socorrer as vítimas do ataque. Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e outros órgãos atuaram no atendimento das vítimas e deram início às diligências para localização dos suspeitos.


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