Crea-ES pede isolamento de varandas em prédio na Praia da Costa

O Crea-ES pediu para que os moradores evitem circular nas varandas do prédio. Foto: Divulgação (Crea-ES)

Fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) estiveram na manhã desta sexta-feira (9) no prédio 7 de Setembro, na Praia da Costa, em Vila Velha. A visita aconteceu após reportagem do portal ES360 mostrar que no edifício havia vários pontos de rachaduras, paredes sem reboco, além de ferros expostos e infiltrações.

O presidente do Crea-ES, engenheiro Jorge Silva, disse que, após as vistorias técnica e fiscal, várias recomendações foram emitidas à síndica jurídica do condomínio. Entre elas, a necessidade de realização de laudo de estabilidade conclusivo, elaborado por empresa ou profissional legalmente habilitado e o isolamento dos pontos localizados abaixo das varandas.

Além disso, o recomendação foi para os moradores não ocupar e evitar circular pelas varandas, que possuem aço exposto e com corrosão, bem como naquelas que estejam com evidências de umidade entre pavimentos.

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Após a vistoria no condomínio, foram identificadas pelas equipes evidências de umidade entre pavimentos e nas varandas, podendo causar ou ter causado corrosão e riscos ocultos por perda de resistência dos elementos estruturais.

“Identificamos manifestações patológicas importantes. A estrutura de concreto armado de diversas varandas, dos dois blocos, encontra-se com avançado estado de corrosão, com desplacamento de concreto e rebocos, trazendo riscos de desprendimento e queda de partes e/ou fragmentos sobre as pessoas que circulam nas proximidades do local”, disse o gerente de Relacionamento Institucional do Conselho, engenheiro civil, ambiental e de segurança do trabalho Giuliano Battisti.

A síndica do prédio, Mariana Almeida, foi procurada pela reportagem, mas ainda não deu retorno. Assim que isso ocorrer, a matéria será atualizada.

Entenda o caso: 

Na última terça-feira, a reportagem do portal ES360 esteve no prédio, localizado na rua Desembargador Augusto Botelho, uma das vias mais valorizadas da Praia da Costa, após receber informações de moradores do bairro que estariam preocupados com a situação do imóvel.

Na cobertura do prédio há um imóvel à venda que também está com o teto danificado. O cenário é de um edifício aparentemente abandonado, no entanto, o fluxo de moradores entrando e saindo é grande, como em qualquer outro conjunto residencial. 

O medo e a sensação de insegurança também convivem com a rotina de quem mora no edifício, que paga em média R$ 900 de taxa para a manutenção do prédio. O morador José do Prado Queirós, de 82 anos, contou que já foram feitas diversas reuniões com os condôminos para definir a reforma, mas até agora ela não saiu do papel.

“Dá um medo tremendo. Essa obra tem de ser feita com urgência. Já era para ter começado e temos receio de que aconteça o pior. Só Deus mesmo para nos proteger”, disse Queirós, que há quatro anos mora no local. 

A síndica, Mariana Almeida, garantiu que não existe qualquer risco de desabamento e que um laudo feito por um engenheiro contratado pela administração atestou a segurança do imóvel.

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