Dia a dia
“Chuva preta” chegará ao Sudeste. ES pode ser atingido?
O fenômeno da “chuva preta” já foi registrado no Rio Grande do Sul e cidades do Uruguai
Com a grande quantidade de queimadas registradas no Espírito Santo, a possibilidade do fenômeno chamado de “chuva preta” acontecer no estado não está descartada. A situação já aconteceu no Rio Grande do Sul e no Uruguai devido à presença de fumaça causadas por incêndio em vegetação. A previsão é de que a ocorrência aconteça no sudeste nos próximos dias.
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De acordo com informações do Climatempo, o Espírito Santo só vai sentir o efeito de uma nova frente fria na noite da próxima segunda-feira (16) ou terça-feira (17).
“Ate lá, alguma chuva fraca e passageira poderá ocorrer no litoral, por causa de nuvens que se formam no mar e avançam para a costa capixaba, mas a chance de chuva escura, por enquanto, não é considerada, pelo menos até o domingo”, informou o Climatempo.
No entanto, o fenômeno não está descartado totalmente. “É preciso acompanhar a evolução da nuvem de fumaça nos próximos dias com o deslocamento da frente fria pelo leste do Sudeste”, explicou o órgão.
Ainda segundo dados do instituto, imagens de satélite mostram aglomerados de focos de fogo em vários locais do Espírito Santo. Na foto, os pontos vermelhos são os focos de fogo e as nuvens aparecem em branco.
Em outra imagem do GOES 16 feita pelo CIRA/RAmmB, e 12/9/24, é possível ver as plumas de fumaça saindo dos aglomerados de focos mais intensos. Segundo o monitoramento de queimadas do INPET, o Espírito Santo acumulou 122 focos de fogo só no mês de setembro.
O que é a “chuva preta”?
O fenômeno ocorre quando partículas de fuligem (conhecidas como soot em inglês) se misturam às gotas de chuva, alterando sua cor. Embora essa precipitação não seja tóxica, ela pode causar estranheza e gerar preocupações sobre a qualidade do ar e os efeitos das queimadas.
Em agosto de 2019, São Paulo já havia passado por uma situação similar, quando o céu escureceu em plena tarde devido à fumaça das queimadas na Amazônia.
A presença de soot na atmosfera não apenas prejudica a visibilidade e altera a cor da chuva, mas também pode trazer riscos à saúde humana. Partículas finas podem ser inaladas, chegando aos pulmões e agravando problemas respiratórios, especialmente em grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes.
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