Dia a dia
“Chuva de aranhas” registrada em MG pode ocorrer no ES?
O fenômeno é natural e ocorre sazonalmente, principalmente no verão, quando a espécie Parawixia bistriata se agrupa durante o período reprodutivo
![Chuva de aranhas é registrada em São Thomé das Letras](https://es360.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Chuva-de-aranhas-e-registrada-em-Sao-Thome-das-Letras.jpg)
Chuva de aranhas é registrada em São Thomé das Letras. Foto: Reprodução
Um fenômeno incomum chamou atenção nas redes sociais após um vídeo viralizar, mostrando centenas de aranhas suspensas no ar e formando uma grande teia coletiva em São Thomé das Letras, Minas Gerais. Apesar do impacto visual, o fenômeno é natural e ocorre sazonalmente, principalmente no verão, quando a espécie Parawixia bistriata se agrupa durante o período reprodutivo, que vai de setembro a março. Esse comportamento é mais comum em regiões quentes e úmidas, como a do Cerrado.
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Pode acontecer no ES?
A dúvida que surge é: esse fenômeno poderia acontecer no Espírito Santo? O biólogo Daniel Gosser Motta afirma nunca ter visto registros da Parawixia bistriata no estado. A principal razão está nas diferenças de biomas entre Minas Gerais e o Espírito Santo.
“Essa espécie de aranha é mais comum no Cerrado, bioma presente em algumas regiões de Minas Gerais. Já no Espírito Santo, temos a Mata Atlântica, que é um ambiente mais úmido, com temperaturas menores, onde apresenta condições que vão dificultar a presença desse tipo de aracnídeo”, explica Motta.
O fenômeno ocorre porque essas aranhas possuem comportamento semi-social e formam grandes teias coletivas para capturar presas com mais eficiência. Durante o dia, ficam agrupadas em forma de esferas e, ao entardecer, saem para reconstruir suas teias.
Viralizou nas redes sociais
O vídeo foi registrado pela jovem Bruna Naomí e alcançou centenas de milhares de visualizações nas redes sociais. Ela relatou que esse evento é comum na região e acontece sempre no período mais quente do ano.
Apesar da aparência incomum, a Parawixia bistriata não representa risco para os seres humanos, pois não possui veneno de importância médica. No entanto, por se tratar de uma espécie adaptada ao Cerrado, as chances desse fenômeno ocorrer no Espírito Santo são baixas.
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